Embora, teoricamente, as Forças Armadas sírias continuem a ser uma das mais poderosas do mundo árabe, elas foram reduzidas pela metade desde o início da guerra civil, afirma o Instituto Internacional de Estudos Estratégicos de Londres (IISS).
De acordo com a edição de 2013 do balanço militar do Instituto, os efetivos sírios contam com 178 mil homens, 110 mil deles no Exército, cinco mil na Marinha, 27 mil na Força Aérea e 36 mil na Defesa Aérea.
Em 2009, a estimativa de homens nas Forças Armadas era de 325 mil homens, 220 mil deles no Exército.
A capacidade militar "anterior à guerra foi reduzida à metade, provavelmente em função das deserções e das perdas em combate", avaliam especialistas do Instituto.
"A maioria dos setores foi afetado. Algumas brigadas desapareceram porque foram consideradas pouco confiáveis politicamente ou em razão das perdas severas" que sofreram.
Devido à desorganização causada pela guerra civil, o IISS acredita não ser mais capaz de estimar o poder das forças paramilitares, que desempenham um papel importante na luta contra a insurgência.
Em 2009, eram estimados 108 mil homens, 8 mil deles na polícia, sob a autoridade do Ministério do Interior, e 100 mil na milícia popular do partido Baath, no poder desde 1963.
Em relação aos reservistas, o Exército conta com 314 mil homens; a Marinha, com quatro mil; a Força Aérea, com 10 mil; e a Defesa aérea, com 20 mil.
Quanto à estrutura, o Exército tem, a princípio, sete divisões blindadas, três divisões de infantaria mecanizada, duas divisões de forças especiais e uma divisão da Guarda Republicana, criada em 1976 e responsável pela segurança de Damasco.
A eficácia das forças especiais (compostas principalmente por alauítas, uma comunidade da qual se origina o presidente Bashar al-Assad) e da Guarda Republicana é considerada superior à do exército em geral.
O IISS calcula que, acrescentando as forças especiais, a Guarda Republicana e a 3ª e 4ª divisões do Exército, as forças de elite com as quais o regime acredita contar atingem cerca de 50 mil homens.
Em relação ao armamento, o Exército sírio está equipado essencialmente com material russo, inclusive da época soviética, e dispunha de 4.950 tanques antes do início da guerra civil.
"Este número caiu significativamente durante a guerra civil", afirma o IISS. Há também um grande arsenal de mísseis, cuja sede está localizada em Aleppo.
A Marinha tem duas fragatas, enquanto a Força Aérea totaliza 365 aviões de combate (eram 555 em 2009). Estes números certamente se reduziram em comparação com o período anterior à guerra e, de acordo com o IISS, o "nível de capacidade operacional de uma parte importante da frota de ar provavelmente é fraco".
As forças de defesa aérea aparentemente foram menos enfraquecidas e dispõem de milhares de mísseis terra-ar de fabricação russa, alguns deles novos e eficazes.