Britânicos querem aval para 'medidas necessárias' para proteger civis.
Do G1, em São Paulo
O Conselho de Segurança da ONU deve esperar que os inspetores de armas da organização apresentem seu relatório sobre o suposto ataque químico na Síria antes de considerar uma possível resposta militar, disse nesta quarta-feira (28) um importante diplomata russo, segundo a agência Interfax.
O vice-chanceler Vladimir Titov sinalizou que a Rússia se opõe ao projeto de resolução que deve ser apresentado pelo Reino Unido ao Conselho de Segurança nesta quarta, autorizando que sejam tomadas as "medidas necessárias" para proteger civis na Síria.
Isso, na prática, significa autorização para uso de força militar contra alvos do regime do contestado presidente Bashar al-Assad.
A pressão internacional sobre o regime de Assad aumenta, após um suposto ataque químico que, segundo a oposição, matou centenas de pessoas em subúrbios da capital, Damasco, na semana passada, em meio à guerra civil que devasta o país há mais de dois anos.
O governo sírio nega a autoria deste ataque e de anteriores e os atribui a "terroristas" ligados à rede da Al-Qaeda e que tentam "desestabilizar" o país e podem atacar a Europa.
Cresce a expectativa que os EUA e seus aliados, já preparados, lancem um ataque contra alvos do regime sírio, mesmo sem o aval do Conselho de Segurança, no qual Rússia e China, aliados da Síria, têm poder de veto.