O conflito na Síria, tem repercutido nos países da região, vulneráveis diante do grande confronto. O Líbano, é com certeza um dos países mais afetados, não apenas pelo grande número de refugiados, mas pelas disputas de grupos que apoiam a oposição e outros que apoiam o regime, além dos ataques fronteiriços no território libanês?
Chadia Kobeissi, correspondente da RFI em Beirute, explica que, no plano interno, inicialmente havia apenas choques de opinões, ataques verbais entre grupos que divergiam sobre a questão da Síria. A partir do momento que os confrontos se intensificaram, estes partidos opostos começaram a participar ativamente nessa guerra. O grupo xiita, Hezbollah, mandou seus combatentes para lutar com as tropas do presidente sírio, e por outro lado os grupos salafistas, que são uma ramificação da escola sunita, enviou combatentes para apoiar os rebeldes. Paralelamente, ocorreram ataques da oposição na fronteira, em áreas xiitas, na histórica cidade de Baalbek.
Chadia lembra que o fluxo de refugiados sírios para o Líbano, registrados na Agência da ONU para Refugiados, está em torno de 700 mil pessoas, sem contar aqueles que não estão registrados. Este fluxo ultrapassa a capacidade do Líbano de recebê-los e também provoca uma crise financeira no país.
