Ekaterina Turícheva, Gazeta Russa
Gazeta Russa: Quais novos produtos de seu consórcio serão apresentados nesta edição do MAKS?
Iúri Maévski: Uma das principais atividades de nosso consórcio é o desenvolvimento e fabricação de equipamentos de guerra eletrônica. Portanto, vamos apresentar equipamentos de guerra eletrônica terrestres, aéreos e navais que não perdem em nada para os seus pares estrangeiros. Pretendemos mostrar também alguns elementos do sistema aeroembarcado Vitebsk, desenvolvido pelo centro de pesquisa NII Ekran para defender veículos aéreos contra os radares e mísseis antiaéreos equipados com ogivas óptico-eletrônicas autoguiadas, além de mísseis terra-ar portáteis.
Temos ainda um sistema de proteção a laser de aeronaves contra mísseis terra-ar portáteis Stinger, Igla e Strela, entre outros.
Fora tudo isso, um sistema móvel da série Krasukha, construído pela empresa NPO Kvant, de Novgorod, também estará presente em nosso estande. Ele é capaz de detectar e bloquear sinais de radares instalados em aeronaves inimigas à distância da linha de horizonte com radio visibilidade, proporcionando uma cobertura radioeletrônica às instalações civis e militares em uma grande área. O sistema é manipulado por três pessoas e pode ser colocado em operação em poucos minutos.
G.R.: Quais são os mercados prioritários para seu consórcio?
I.M: Em primeiro lugar, são os países do Sudeste Asiático, China, Índia e Oriente Médio, além de alguns países da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), que têm mostrado ultimamente interesse por nossos produtos.
G.R.: Como avalia a posição da Rússia no mercado mundial de tecnologias radioeletrônicas?
I.M.: Nosso consórcio vende cerca de 33% de seus produtos em 60 países. Isso indica que nossos produtos estão em alta demanda. Mesmo assim, esperamos ampliar nossa presença no mercado internacional, sobretudo porque nosso itens superam seus pares estrangeiros em uma série de aspectos.
A receita global dos fabricantes de equipamentos de guerra eletrônica em 2012 somou US$ 7,1 bilhões, dos quais respondemos por 5,6%. Pelas previsões de analistas das empresas de consultoria Strategy Partners Group e Frost and Sullivan, até 2020, o mercado global vai aumentar mais do que o dobro, para US$ 15 bi, dos quais 10% caberão ao mercado russo.
Ate lá, o mercado russo de sistemas e equipamentos de guerra radioeletrônica irá crescer a uma taxa média de cerca de 18% ao ano. Em 2012, o mercado movimentou mais de US$ 400 milhões, com a participação dos produtos do consórcio na faixa de 94%.
G.R.: É verdade que seu consórcio investiu duas vezes mais dinheiro do que a Russian Technologies para participar no MAKS-2013 ?
I.M: Este ano, nosso consórcio organiza, pela primeira vez, sua exposição em um pavilhão separado. O aumento da presença do consórcio Kret no Maks pode ser explicada pelo fato de a Russian Technologies ter transferido para a gestão do Kret os ativos da holding Equipamentos Eletrônicos da Aviação. Como resultado, a relação entre os equipamentos de emprego militar e os de emprego civil desenvolvidos e fabricados por nosso consórcio mudou significativamente para a vertente civil. Além disso, o sucesso de um produto nos mercados interno e externo depende muito da propaganda.
Por outro lado, o Kret deve avaliar o nível tecnológico de seus sistemas e equipamentos. Por isso, damos grande importância às opiniões de profissionais que visitarem o MAKS-2013. Como os visitantes e especialistas terão pouco tempo para conhecer detalhadamente as peças expostas, resolvemos criar nosso estande no estilo “high-tech” para ressaltar o nível tecnológico de nossos produtos. Vamos usar os mais recentes equipamentos multimídia, como monitores interativos e um conteúdo especial. Os visitantes também terão a oportunidade de ver maquetes de aviões e helicópteros civis e militares construídas especialmente para o evento.