Utilização de armas químicas pelo regime acelera processo
Área Militar
O facto de após vários estudos e análise de alegadas utilizações de armas químicas sobre populações civis por parte das forças leais ao Partido Socialista Bahas de Bashar Al Assad, poderá vir a resultar numa alteração da posição norte-americana sobre a Síria.
De entre as possibilidades que se abre perante este novo cenário, destaca-se a declaração de uma zona limitada de exclusão aérea nas áreas do sul, próximo à fronteira com a Jordânia, onde se concentram muitos dos campos de refugiados sírios.
Altos funcionários da administração americana terão mesmo confirmado à imprensa que os Estados Unidos apressariam e aumentariam a sua assistência militar às forças do exército da Síria livre, que continuam a combater as tropas da facção leal a Bashar Al Assad, que é apoiada pelo movimento xiita Hezbollah.
A exclusão aérea, com uma profundidade de 40km seria imposta nas províncias sírias de Daraa e Suwayda, podendo atingir mesmo áreas nas proximidades da capital Síria, Damasco.
A imposição desta zona, implica que os Estados Unidos terão que agir rapidamente, efectuando um ataque preventivo contra as instalações aéreas e anti-aéreas das forças de Bashar Al Assad, de forma a impedir a sua utilização contra as aeronaves que, partindo de território Jordano ou de porta-aviões no mediterrâneo ou no mar vermelho, participassem na operação.
Participação de países do golfo
É de esperar que caso esta solução comece a ser posta em prática, participem nas missões aeronaves de países árabes que também já demonstraram predisposição para participar destas operações na Líbia. Países como o Qatar, os Emirados e o Koweit poderão participar, embora seja menos provavel a participação saudita.
S-300 PMU russos
Em cima da mesa também se encontra o estudo sobre o impacto dos sistemas de defesa anti-aérea S-300 PMU-1 de fabrico russo, que já foram encomendados pelo regime de Bashar, mas que ainda não foram entregues. Este tipo de sistema poderá por em causa o estabelecimento de uma Zona de Exclusão Aérea, embora neste caso Israel já tenha avisado a Rússia de que se os sistemas começarem a ser instalados, o estado judaico saberá o que fazer para se proteger.
Há no entanto analistas que afirmam que não seria necessário destruir os sistemas S-300, dada a pequena dimensão da zona de exclusão aérea e a complexidade de que se reveste transportar os volumosos sistemas anti-aéreos, com radares e sistemas de orientação em áreas que as forças leais a Bashar Al Assad não controlam completamente.
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