Do UOL, em São Paulo
O governo do Reino Unido afirmou nesta quarta-feira (5) que as análises de mostras procedentes da Síria para saber se continham gás sarin deram resultado "positivo" e que "muito provavelmente" o agente foi utilizado pelo regime do presidente Bashar Assad.
"Há um crescente conjunto de informação limitada, mas convincente, que mostra que o regime usa - e continua usando - armas químicas, incluindo sarin", afirmou uma fonte do governo.
"Recebemos mostras fisiológicas procedentes da Síria que foram examinadas. O material deu positivo para sarin", disse a fonte.
"A possibilidade de duvidar está ficando cada vez menor. Isto é extremamente preocupante. Usar armas químicas é um crime de guerra. Assad tem que conceder acesso imediato e ilimitado à equipe de investigação da ONU", completou.
O sarin é um potente gás neurotóxico descoberto na Alemanha antes da Segunda Guerra Mundial e que foi utilizado em um ataque no metrô de Tóquio em 1995. A substância é inodora e invisível, e é considerada como uma arma de destruição em massa desde 1991 pela ONU.
Exército quer "esmagar" rebeldes
O Exército sírio, leal ao presidente Bashar Assad, advertiu nesta quarta que pretende "esmagar" os rebeldes, horas depois da reconquista do reduto insurgente de Qusair, na fronteira com o Líbano, por suas tropas e pelos combatentes do Hezbollah.
"Depois das sucessivas façanhas na guerra contra o terrorismo organizado, nossas Forças Armadas afirmam que não hesitarão em esmagar os homens armados, onde quer que estejam e em cada esquina do território sírio", afirma um comunicado militar.
Fontes da oposição e do governo confirmaram que as tropas de Assad retomaram o controle "total" da cidade de Qusair, antigo reduto dos rebeldes, após uma ofensiva de três semanas.
"O exército restabeleceu a segurança na totalidade da cidade de Qusair", afirmou a agência oficial SANA.
"Sim, irmãos, perdemos a batalha", escreveu a Comissão Geral da Revolução Síria, da oposição, em sua página no Facebook. "Os insurgentes continuam combatendo contra milhares de mercenários libaneses do Hezbollah", completa a nota.
O Observatório Sírio dos Direito Humanos (OSDH), com sede no Reino Unido, afirmou que "o exército e o Hezbollah conseguiram controlar Qusair, depois de bombardear intensamente a cidade durante a noite. Os grupos rebeldes se retiraram para outras áreas porque estavam sem munições".
Pouco depois, o governo do Irã "felicitou o exército e o povo sírios" pela vitória ante os "terroristas", informou a agência oficial Irna.
Qusair, que fica entre Homs (centro) e o litoral sírio, perto da fronteira libanesa, é considerada uma localidade estratégica, já que permite a entrada de armas e combatentes para os rebeldes a partir do Líbano.
Para as forças leais a Bashar Assad também é estratégica, pois fica entre Damasco e o Mediterrâneo, em plena zona alauita. (Com AFP)
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Londres afirma que testes apontam uso de gás sarin na Síria
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