Correio do Brasil
Ao menos vinte pessoas morreram nas explosões de dois carros-bomba neste sábado no centro de Reyhanli, sul da Turquia, junto à fronteira com a Síria. A informação dos atentados foi dada à Reuters e à AFP pelo ministro do Interior Muammer Güler, quando se sabia apenas que quatro pessoas tinham morrido 18 tinham ficado feridas. O balanço aumentou depois para 20 mortes.
O primeiro-ministro Tayyip Erdogan disse ter como hipóteses que estas ações podem estar relacionadas com a questão curda ou com o conflito na Síria.
“As bombas, que explodiram em frente à estação dos correios e ao edifício da câmara municipal desta localidade de 60 mil habitantes na província de Hatay, a oito quilômetros da fronteira síria, podem não ser alheios ao conflito na Síria ou ao processo de paz com os curdos”, afirmou Tayyip Erdogan à televisão turca.
“Estamos atravessando tempos sensíveis, começamos uma nova era” na procura duma solução para a questão curda”, disse o primeiro-ministro.
“Os que não conseguem aceitar essa nova era podem ter tomado estas ações”, acrescentou Erdogan antes de afirmar que “outra questão sensível é o fato de a província de Hatay [onde ocorreram as explosões] ser junto à fronteira com a Síria” e que “essas ações podem ter sido tomadas “para provocar essas sensibilidades”.
Antes, e sem nomear responsáveis, o ministro turco das Relações Exteriores Ahmet Davutoglu avisara contra quaisquer tentativas de testar o poder da Turquia e garantiu que Ankara tomaria as medidas necessárias para se proteger. “Ninguém devia testar o poder da Turquia. As nossas forças de segurança tomarão as medidas necessárias”, afirmou aos jornalistas, citado pela Reuters, durante uma visita a Berlim.
Turquia: Carro-bomba mata ao menos 20 pessoas neste sábado
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