Centro de pesquisa militar em Damasco foi atingido por foguetes.
Da Reuters
O Irã pediu aos países da região que se unam contra Israel, depois da divulgação de informações do ataque israelense contra a Síria, e anunciou que está pronto para treinar o Exército do governo sírio.
Israel desfechou na madrugada deste domingo (5) seu segundo ataque aéreo em poucos dias contra a Síria, tendo como alvo uma carga de mísseis iranianos destinada ao grupo libanês Hezbollah, segundo uma fonte de um serviço de inteligência ocidental.
De acordo com a Press TV, emissora estatal iraniana que transmite em inglês, o governo do Irã negou neste domingo que o bombardeio tivesse como alvo "seus mísseis destinados aos combatentes da resistência do Hezbollah no Líbano".
O Irã apoia os esforços do presidente sírio, Bashar al-Assad, para esmagar uma rebelião iniciada há mais de dois anos contra seu regime, a qual os governos iraniano e sírio dizem estar sendo desencadeada por "terroristas" apoiados por países ocidentais.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, Ramin Mehmanparast, fez um chamado aos países da região para se posicionarem contra o "assalto", segundo informou a agência iraniana de notícias Fars neste domingo.
Já o comandante das forças terrestres do Exército do Irã, Ahmad Reza Pourdastan, afirmou neste domingo que o país está pronto para dar apoio a seu aliado.
"A Síria tem um Exército poderoso e, com a estrutura e a experiência que possui contra o regime sionista (Israel), pode, sem dúvida, defender-se. Não há nenhuma necessidade de intervenção de outros países", declarou Pourdastan said, segundo o relato da Fars.
"Mas se eles precisarem de treinamento, nós poderemos ajudá-los", acrescentou o comandante.
O Irã nega estar apoiando militarmente o governo de Assad, mas diplomatas ocidentais dizem que armamento iraniano chega à Síria via Iraque, Turquia e Líbano.
Em janeiro, Ali Akbar Velayati, um conselheiro do líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, declarou que o país encararia um ataque à Síria como se fosse um ataque a seu território.