Principe de Asturias é alvo do interesse de várias marinhas
Área Militar
Depois de uma delegação indonésia ter visitado em Março o porta-aviões ligeiro Principe de Asturias e concluido que o navio não se adaptava às necessidades do país, as Filipinas passaram a ser o país interessado com mais possibilidades de vir a operar o navio que a marinha da Espanha retirou de serviço por causa dos cortes nos gastos.
Outros países terão demonstrado algum interesse na aquisição do navio e os espanhóis deverão vender o Principe de Asturias ao interessado que apresentar a melhor proposta.
Além do interesse da Indonésia e das Filipinas, pelo menos um país árabe, que se especula ser a Arábia Saudita, estaria interessado na aquisição do navio.
A marinha da Espanha anunciou entretanto que continuaria o desarmamento do navio, processo durante o qual, serão retirados do porta-aviões sistemas que podem ser utilizados em outros sistemas de armas da marinha da Espanha.
No entanto, se algum governo apresentar uma proposta, o processo de desarmamento será interrompido se for necessário.
O principal problema que se coloca a um futuro país que compre o Príncipe de Asturias é a necessidade de uma revisão geral dos sistemas. O custo elevado desse processo foi o que levou a marinha da Espanha a retirar o navio de serviço, optando por reservar recursos para o novo navio de apoio logístico / porta-helicópteros, Juan Carlos I.
Tipo de utilização
Para lá da modernização que será necessária, será igualmente necessário considerar alterações ao navio para eventualmente o transformar num sistema de armas ou apoio com características diferentes.
Em vez de utilizar o Principe de Asturias como Porta-aviões, é possível a sua utilização como porta-helicópteros ou navio para apoio logístico e tático.
No entanto analistas militares duvidam da capacidade das Filipinas para operar um navio com estas características. A marinha do país até ao momento opera apenas navios de patrulha e os seus mais poderosos navios de guerra são dois navios de patrulha oceânica retirados de serviço na guarda costeira dos Estados Unidos.
Durante anos, o mais poderoso navio ao serviço da marinha filipina foi um contra-torpedeiro da II guerra mundial, entrado ao serviço em 1943, com um deslocamento de 1700t, uma velocidade máxima de 18 nós e um armamento de três peças de 76mm.
A Marinha e a Guarda Costeira das Filipinas operam mais de 150 embarcações, mas na sua maioria trata-se de navios de pequeno porte, adequados para vigilância marítima das inúmeras ilhas que constituem o país.
Os recentes problemas entre as Filipinas e a China, têm vindo a levar as autoridades do país a considerar várias possibilidades para criar uma força naval com uma capacidade de dissuasão credível, que se espera conte com pelo menos quatro fragatas e dez corvetas para luta anti-submarina. Helicópteros para luta anti-submarina também são considerados.
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Filipinas podem comprar porta-aviões
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