FOLHA DE SP
DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
O Exército de Israel informou nesta segunda-feira que atingiu um alvo militar em território sírio na região das colinas de Golã, controlada pelo Estado hebraico, mas reivindicada por Damasco. O disparo é o segundo desde domingo, após uma trégua de 39 anos.
Segundo militares israelenses, o disparo foi feito após mais um morteiro vindo da Síria atingir território de Israel. Desde quinta (8), seis disparos provenientes do país árabe chegaram às colinas de Golã.
Para o país, os disparos são decorrentes do conflito entre oposição e o regime de Bashar Assad, iniciado há 19 meses e que deixou pelo menos 30 mil mortos, segundo a ONU (Organização das Nações Unidas).
Israel acredita que são acidentais, mas disse que responderá de forma mais incisiva caso os morteiros continuem a atingir território israelense.
39 ANOS
No domingo (11), Israel fez um disparo de advertência desde um tanque militar contra território sírio, pela primeira vez desde a Guerra do Yon Kippur, em 1973, após um morteiro atingir as colinas de Golã.
A região, um planalto estratégico do ponto de vista militar e que contém reservas de água, foi ocupado pelo Estado hebraico em 1967, após a Guerra dos Seis Dias.
Nos últimos anos, Damasco mantém a reivindicação pelo território, mas os regimes de Hafez Assad (1972-2000) e Bashar Assad (2000 até hoje) não fizeram ações efetivas em relação à disputa.
O incidente fortalece os temores de que a guerra civil síria cruze suas fronteiras e vire um conflito regional. O temor israelense é que a região se transforme em "terra sem lei", a exemplo do que ocorreu na fronteira com o deserto do Sinai (sul) após a revolução no Egito.
Israel dispara contra Síria pela segunda vez e diz que atingiu alvo militar
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