FOLHA DE SP
DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
O Ministério de Relações Exteriores do Irã afirmou em nota que Israel deve ser julgado por crimes de guerra devido à ofensiva militar na faixa de Gaza, que completa uma semana nesta terça.
As declarações vêm horas depois de o presidente israelense, Shimon Peres, acusar a República Islâmica de instigar os palestinos para que continuem a disparar foguetes contra o Estado hebraico. O conflito já deixou mais de cem mortos, a maioria deles palestinos.
Em comunicado lido pelo porta-voz da Chancelaria, Ramin Mehmanparast, Teerã considera que Israel é o único responsável pela ofensiva e negou que esteja envolvido nas ações dos palestinos.
"Não o Irã ou o Hamas que buscam o enfrentamento, a guerra ou colocar em perigo a vida da população inocente, e sim o regime sionista [Israel], que deveria ser julgado por crimes de guerra".
ACUSAÇÕES
A reação iraniana vem após o presidente de Israel, Shimon Peres, acusar na noite de segunda-feira o Irã de estimular o movimento radical islâmico Hamas a bombardear Israel em vez de buscar um cessar-fogo.
"Desagradáveis são os iranianos. Eles estão tentando encorajar novamente o Hamas a continuar o tiroteio, o bombardeio, estão tentando enviar armas para eles. O Irã é um problema mundial, não apenas como um perigo nuclear, mas também como um centro de terror mundial".
Ele também acusou os iranianos de fornecer mísseis Fajr-5, que foram lançados em território israelense nos últimos dias e foram alguns dos artefatos usados para atingir Jerusalém e Tel Aviv. Para Peres, os integrantes do Hamas estão "fora de si".
Irã diz que Israel deve ser julgado por crimes de guerra em Gaza
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