Sob bombas e sem água e comida, rebeldes em Aleppo resistem
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Tropas oficiais e rebeldes estão lutando pelo controle da cidade mais populosa da Síria, Aleppo, com 2,5 milhões de habitantes. Desde sábado os bairros controlados pelos rebeldes, como Salah al-Din, têm sido bombardeados por tropas oficiais ou são alvo de uma artilharia pesada.
Segundo a ONU, mais de 200 mil pessoas já deixaram a cidade nos últimos dois dias e as que ficaram precisam de ajuda "urgente" - principalmente suprimento de água e alimento.
O correspondente da BBC na região, Ian Pannell, diz que não há energia nem comida na cidade. De acordo com Pannell, as forças oficiais estão mais fortemente armadas que os rebeldes, mas os opositores estão levando a cabo uma eficiente guerra de guerrilha.
Os rebeldes estão armados com bombas de fabricação caseira e fuzis Kalashnikov. Nos últimos dias, eles têm detido integrantes da polícia e outras pessoas suspeitas de trabalhar para o governo sírio.
Os conflitos em Aleppo colocam à prova o poderio militar do governo do presidente sírio Bashar Al-Asad. Para a TV estatal, trata-se da "mãe de todas as batalhas".
Ativistas internacionais têm expressado preocupação com a possibilidade de que ocorra um massacre na cidade. Para o secretário de Defesa dos EUA, Leon Panetta, os ataques representam "um prego no caixão de Assad." "Ele perdeu toda a legitimidade", disse.