Correio do Brasil
Por Redação, com Reuters - de Beirute
A Turquia e a Síria realizam buscas conjuntas a um avião turco abatido pela Síria sobre o Mar Mediterrâneo, enquanto perto dali autoridades autoridades turcas dão abrigo a milhares de rebeldes que lutam contra o presidente sírio, Bashar al-Assad.
Sinais de ambos os lados sugeriram que nenhum dos países admite um confronto militar em decorrência do abatimento do caça perto da fronteira marítima entre as duas nações. Contudo, a operação conjunta de buscas claramente é desconfortável entre as duas forças armadas, devido às hostilidades entre os países, que antes eram aliados, mas se dividiram devido aos 16 meses de repressão de Assad aos seus oposicionistas.
A Turquia prometeu responder severamente ao ocorrido. Neste sábado, o primeiro-ministro turco convocou uma reunião de seu conselho para discutir o tema, segundo uma TV local.
- É impossível ocultar algo assim. O que for necessário certamente será feito - afirmou a repórteres o presidente turco, Abdullah Gul, acrescentando que Ancara está em contato telefônico com autoridades sírias.
O incidente, quaisquer que sejam suas causas, demonstrou a formidável defesa antiaérea síria, fornecida pela Rússia. Esse é um dos motivos pelos quais o Ocidente reluta em iniciar qualquer intervenção militar para interromper o conflito no país.
O vice-primeiro-ministro turco, Bulent Arinc, afirmou que o avião abatido não era uma aeronave de guerra, mas sim de reconhecimento, informou a emissora de televisão estatal TRT. A imprensa turca identificou anteriormente o avião como um F-4 Phantom, um caça também usado em missões de reconhecimento.
Gul afirmou que é operação de rotina que caças cruzem a fronteira em uma curta distância e que uma investigação vai determinar se a aeronave foi derrubada dentro do espaço aéreo turco.
Os militares sírios afirmaram que o avião turco estava voando em baixa altitude e a apenas um quilômetro da costa síria quando foi derrubado. A aeronave primeiro foi classificada como não identificada e, depois, como de origem turca.
- As marinhas dos dois países fizeram contato. Navios sírios estão participando com os turcos das operações de buscas aos pilotos – afirmaram os militares sírios.
Com o segundo maior Exército da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), uma força militar que cresceu pelos quase 30 anos de conflitos com rebeldes curdos, a Turquia seria um grande rival militar para o Exército sírio, que já sente dificuldades no combate às revoltas populares.
Autoridades turcas e sírias procuram avião abatido
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