Brasil Econômico
O coronel da reserva Allen B. West, senador pelo estado da Flórida, sai em Defesa da Embraer no Congresso Americano. Ele questiona o cancelamento do contrato de compra de 20 Super Tucanos A-29 pela Força Aérea dos EUA. Os caças seriam montados em Jacksonville, no sul da Flórida. A Embraer já havia encontrado o terreno para a instalação da nova fábrica, que empregaria 50 pessoas.
Companhia frustra meta de vendas
Apesar de representar apenas 2% de sua carteira de encomendas totais (segundo dados do terceiro trimestre do ano passado), o contrato da Embraer com a Força Área dos Estados Unidos representaria um importante marco para a companhia, de acordo com Luiz Otavio Campos, analista do Credit Suisse. Além de marcar a entrada da Embraer no mais disputado mercado militar, a empresa pavimentaria seu caminho para alcançar a meta de obter, em até 10 anos, 25% de sua receita com vendas no segmento de defesa. Em relatório recente, Campos já apontava “um pequeno risco” de o contrato com os EUA não seguir adiante.
Sem as encomendas da Força Aérea americana, a carteira de aviões militares da Embraer se resume a 26 unidades, que serão entregues a curto prazo. Hoje, estão em operação 156 Super Tucanos, distribuídos em oito forças aéreas: Colômbia, Chile, Brasil, Equador, República Dominicana, Indonésia e em outros dois países africanos – que não são revelados a pedido dos clientes. “A empresa vai intensificar a busca por outras licitações ao redor do mundo após o cancelamento do contrato americano”, afirma uma fonte. Procurada pela reportagem, a Embraer não quis se manifestar.
A divulgação do resultado anual da Embraer está prevista para 20 de março. Campos prevê que a empresa tenha encerrado o ano de 2011 com vendas de US$ 6,1 bilhões e lucro de US$ 438 milhões.