Correio do Brasil
Um grupo de elite das três Forças Armadas, formado por generais, almirantes e brigadeiros, respondeu positivamente à convocação do ministro da Defesa, Celso Amorim, para a tentativa de reduzir a repercussão da festa que militares aposentados pretendem realizar, em comemoração ao 1º de Abril, data em que se instalou a ditadura militar no país, em 1964. Nos quarteis, as comemorações que perduraram até 2010 foram integralmente canceladas, mas o Clube Militar, no Centro do Rio, começou a distribuir, neste final de semana, os convites para o baile da ‘revolução’, marcado para o dia 29. O traje exigido é o ‘esporte fino’.
O trabalho dos oficiais graduados será o de conversar com os integrantes do núcleo que tenta desmoralizar a presidenta Dilma Rousseff com um enfrentamento direto à ordem de apresentar ao povo brasileiro a verdadeira face do golpe de Estado aplicado por setores radicais da ultradireita no Brasil, com o apoio de agências de inteligência dos EUA e da IV Frota norte-americana, que perdurou por 20 anos e, até hoje, deixa suas marcas na sociedade brasileira. Uma delas é a insubordinação. Oficiais da reserva, muitos deles ligados aos bolsões mais radicais do Exército, assinaram um manifesto no qual se posicionam contra a Comissão da Verdade, que busca levantar os crimes cometidos por agentes do Estado contra a sociedade civil.
– Os oficiais convocados pelo ministro cumprem uma espécie de missão diplomática, de negociar com os setores rebelados, apenas para lhes mostrar que se trata de um movimento inóquo, sem qualquer repercussão na tropa, mas extremamente desgastante para a imagem do país, que hoje vive a plenitude democrática. O grupo pretende se reunir, em caráter informal, com os cabeças dos manifestantes, e argumentar que parte dos 500 signatários do documento em que se posicionam contra a investigação dos casos de torturas, mortes e desaparecimentos ocorridos ao longo dos ‘anos de chumbo’, não o fizeram por questões ideológicas, mas por um caráter meramente oportunista, para constranger tanto à presidenta quanto ao ministro Celso Amorim – disse fonte do Ministério da Defesa, em sigilo, ao Correio do Brasil.
Desde a saída de Nelson Jobim, que fez questão de vazar para a imprensa conservadora uma série de impropérios contra a presidenta Dilma e algumas de suas ministras, os sinais de insubordinação nos setores mais radicais da velha guarda militar vêm aumentando. Estes sinais ficaram mais evidentes com a nomeação do embaixador Celso Amorim para a pasta da Defesa. Uma recente tentativa de levar às barras dos tribunais um torturador declarado elevou a temperatura também no setor do Judiciário, onde perduram outros focos de resistência ao regime democrático no país. Tanto militares aposentados quanto magistrados ainda na ativa protestaram contra a tentativa de alguns promotores de rever a Lei de Anistia. Na semana passada, estes segmentos ligados à ultradireita conseguiram frustrar, ainda que momentaneamente, a reabertura do julgamento do major reformado Sebastião Curió, responsável pelo massacre dos guerrilheiros do Araguaia.
Militares da ativa agem nos bastidores para conter levante entre os aposentados
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Não sei exatamente a que interesses a fonte citada atende. O certo é que ela não merece a menor credibilidade. O Clube Militar realizará no dia 29 de março, às 15 horas, em seu Salão Nobre da sua sede principal, na Av Rio Branco 251, o painel intitulado 1964 - A Verdade. Detalhes sobre os painelistas e o mediador estão disponíveis na página do Clube www.clubemilitar.com.br
ResponderExcluirQual o endereço eletrônico para o qual posso enviar o convite para a atividade do dia 29 de março?
ResponderExcluirCaramba! Nunca vi tamanha distorção e maledicências... Não é desinformação, é má fé e, esse tipo de provocação revanchista fora de hora, não levará a lugar nenhum. Os militares de HOJE, não eram vivos no tempo da revolução, logo, nem entendem essas provocações. O termo 'levante entre os aposentados' é muito imbecil, pois velhos, como eu (sou civil) só levantam de camas e cadeiras... O tipo de 'levante' que o articulista se refere, só faz (ou tenta) essa esquerda festiva...
ResponderExcluirEste artigo não vale nem como ficção. O articulista tem uma imaginação fora do normal.Nada que está escrito tem o menor traço de verdade. Portanto, é mais um HOAX que trafega na Internet. Guardem, pois, o nome do autor para colocar na lista dos que não merecem a menor credibilidade.
ResponderExcluirO último parágrafo resume a posição ultraradical e desrespeitosa desse imbecil, que não acrescenta em nada as tentativas de arrefecimento da situação criada pelo atual governo.
ResponderExcluir"série de impropérios" = um só comentário sincero e real do ex-ministro sobre a realidade do palácio; "setores mais radicais da velha guarda militar" = associados de um clube particular que, tranquilamente, se opõem à ingerência indevida do Governo Federal nas atividades do Clube; "torturador declarado" = ex-chefe de um Departamento de Investigações que em 30 anos de serviço não fez o que é feito hoje em um só dia nas prisões brasileiras; "massacre dos guerrilheiros do Araguaia" = insucesso de um bando de universitários urbanos no meio do mato encarando a melhor e mais operacional tropa de selva do mundo (dessa vez, dentro da lógica ideológica-financeira, um Davi atrevido e sem cacife levou tremenda surra do Golias, e hoje reclama indenização na Justiça).
Palavras mais amenas colaborariam mais para o diálogo até agora recusado pelo Planalto.
Nunca vi tanta bobagem escrita por alguém que certamente desconhece os fatos por completo. Ninguém se manifestou contra a comissão da verdade e sim contra a fala de duas ministras que só querem a "verdade delas". A Dilma e o Celso Amorim só podem interferir em decisões do clube militar se estiverem associados a ele. Só os sócios podem ter autoridade dentro do clube. E a Dilma e o Celso Amorim sequer pagam mensalidade.
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