Exército entra hoje na guerra à dengue

Jornal do Commércio

Até o fim deste mês, 60 soldados vão ajudar agentes ambientais nas ações contra a doença.

Jardim São Paulo, vice-campeão em número de casos, será primeiro bairro visitado Sessenta soldados do Exército estarão nas ruas do Recife, de hoje até o fim do mês, para ajudar os cerca de mil agentes de saúde ambiental no trabalho de combate à dengue. Até quarta-feira, eles visitarão imóveis no bairro de Jardim São Paulo, Zona Oeste. A localidade teve o segundo maior número de casos da doença registrados em janeiro e fevereiro, na capital pernambucana, com 67 pessoas doentes.

O bairro que ocupa o topo de casos no Recife é Campo Grande (77 ocorrências), na Zona Norte.

É para lá que os soldados migrarão a partir de quinta-feira. Depois, o Exército seguirá para outros pontos, como o Ibura, na Zona Sul, e bairros da Zona Oeste, como Engenho do Meio, Várzea e Iputinga.

Mais de 80% dos focos do Aedes aegypti estão dentro das residências, daí a importância da presença do Exército para percorrer os imóveis.

Semana passada, os soldados participaram de capacitação promovida pela Secretaria Municipal de Saúde. Durante dois dias, aprenderam a identificar possíveis focos do mosquito e tiveram informações de medidas que podem ser adotadas para evitar a proliferação da doença. Entre elas, estão vedar caixas-d’água, manter garrafas viradas para baixo, limpar calhas e recolher o lixo.

Segundo o secretário-executivo de Saúde do Recife, Tiago Feitosa, o reforço do Exército está programado para o mês de março, mas há possibilidade de a parceria ser estendida, caso o município identifique a necessidade de agir em mais bairros. É o terceiro ano em que soldados das Forças Armadas contribuem na prevenção da dengue.

A Prefeitura do Recife deve realizar ações de combate à doença com o Corpo de Bombeiros, shopping centers, sociedade civil organizada, Federação Pernambucana de Futebol, instituições bancárias, estabelecimentos de ensino e empresas privadas.

SINTOMAS

A dengue é transmitida pela picada de fêmeas do Aedes aegypti, inseto que se reproduz na água e se alimenta durante o dia, principalmente ao amanhecer e ao entardecer. O período de incubação da doença é de três a quinze dias. Os sintomas são febre alta, dor de cabeça, dor atrás dos olhos, nas juntas e no corpo, além de manchas vermelhas.