A força calcula que a mancha atinja
Correio Braziliense
Um dia após o vazamento de óleo em uma plataforma da Petrobras na região do pré-sal da Bacia de Santos,
De acordo com uma nota divulgada pela Marinha, uma equipe foi enviada ao local para “verificar as ações de resposta (ao vazamento), observar a extensão da mancha e realizar a filmagem e o registro fotográfico do local”. A previsão para conclusão da investigação é de 90 dias. Já a apuração da Agência Nacional de Petróleo (ANP) aponta que não há indicativo de que o óleo possa atingir a costa, e, segundo o órgão regulador, as ações para conter a mancha estão
A 11 dias de deixar a presidência da petroleira, José Sérgio Gabrielli afirmou ontem que o vazamento está contido e minimizou os efeitos ambientais do acidente. “Primeiro que não houve um vazamento do poço, houve uma ruptura da tubulação que liga o poço à superfície. Isso não tem nada a ver com o pré-sal. O pré-sal é o que está abaixo do fundo do mar — e o que está lá está absolutamente sob controle. O que está entre o fundo do mar e a superfície, um tubo, foi que se rompeu, por razões físicas que estão sendo investigadas.”
De acordo com informações da Petrobras, 160 barris — o equivalente a 25,5 mil litros — escaparam da tubulação no Campo Carioca Nordeste, a cerca de 250km da costa, na altura de Ilhabela.
O acidente aconteceu quando uma coluna de produção, instrumento usado para transportar o óleo explorado do fundo das rochas até o navio, se rompeu. Segundo a companhia, assim que eles verificaram o rompimento, o poço foi fechado e todos os procedimentos de contingência estão sendo tomados. Ontem, três embarcações recolhedoras de óleo percorreram o local e retiraram
Relatório
Depois de monitorar o local, o Ibama participou da reunião do Grupo de Acompanhamento, instituído pela Marinha, com representantes da ANP. O órgão ambiental notificou a Petrobras a apresentar dentro de cinco dias um relatório em resposta ao vazamento, incluindo um detalhamento do plano de contingência exigido pelas normas ambientais. Caso contrário, a petroleira receberá sanções.
Quem também está cobrando explicações é o deputado federal Arnaldo Jardim (PPS-SP), que pretende convocar os presidentes da Petrobras e da ANP para dar esclarecimentos à Câmara sobre o vazamento de petróleo em área do pré-sal. Ele deve protocolar um requerimento de audiência pública na próxima semana. “Sabemos da complexidade e dos cuidados que devem ser adotados na exploração do petróleo na camada do pré-sal, e um fato como esse só aumenta a preocupação em relação a esse tipo de operação", disse Jardim, que é membro da Comissão de Minas e Energia da Câmara.