Empresa de S. José estaria negociando parceria com a Odebrecht Defesa e Tecnologia; grupos não comentam o assunto
DefesaNet
São José dos Campos - Aos 50 anos, a Avibras Indústria Aeroespacial, de São José dos Campos, aposta no desenvolvimento do megaprojeto Astros 2020 e em parcerias para permanecer como uma das mais importantes empresas do setor de defesa do Brasil.
Segundo informações do Sindicato dos Metalúrgicos, diretores da Odebrecht Defesa e Tecnologia, braço da construtora para o setor de defesa, visitaram a empresa na semana passada. Na avaliação de dirigentes do sindicato com base em informações internas, as duas companhias estariam em processo de negociação para a formatação de possível parceria ou até mesmo de venda de parte da Avibras para a Odebrecht.
Nenhuma das duas empresas confirmaram. A Avibras não comentou nem mesmo sobre o cinquentenário.
Segundo informações do Sindicato dos Metalúrgicos, diretores da Odebrecht Defesa e Tecnologia, braço da construtora para o setor de defesa, visitaram a empresa na semana passada. Na avaliação de dirigentes do sindicato com base em informações internas, as duas companhias estariam em processo de negociação para a formatação de possível parceria ou até mesmo de venda de parte da Avibras para a Odebrecht.
Nenhuma das duas empresas confirmaram. A Avibras não comentou nem mesmo sobre o cinquentenário.
Projeto. De concreto mesmo, a Avibras aguarda a liberação de recursos por parte do governo federal para o megaprojeto Astros 2020, orçado em R$ 1 bilhão, para superar dificuldades financeiras e garantir encomendas.
O Ministério da Defesa informou que no período 2011/2012 está prevista para o programa a liberação de R$ 211 milhões. A empresa aguarda também a finalização do equacionamento da dívida que tem com a União, no valor de R$ 207 milhões. O débito era de R$ 400 milhões, mas foi reduzido após renegociação.
Análise. Na avaliação de Expedito Bastos, especialista em assuntos militares da Universidade Federal de Juiz de Fora (MG), a Avibras seria a última grande indústria de defesa das décadas de 1970 e 1980 que conseguiu sobreviver. “Ela é estratégica para o país, mas depende da ajuda governamental. Sem encomendas, nenhuma indústria sobrevive”, afirma o especialista. Para Bastos, o governo deveria investir mais em empresas como a Avibras, que pesquisa e desenvolve tecnologia nacional no campo da defesa. “Em vez de comprar no exterior, o governo deveria apoiar a indústria nacional”, disse.
Opinião similar de dirigentes de entidade de classe, como do presidente da ACI (Associação Comercial e Industrial, Felipe Cury, que trabalhou durante 13 anos na indústria. “A Avibras tem competência para desenvolver produtos, mas falta apoio financeiro”, afirmou o dirigente. História. Fundada em 1961 pelo engenheiro João Verdi de Carvalho Leite, morto em um acidente aéreo em2008, a Avibras, em seus anos iniciais, focou o desenvolvimento de uma aeronave de treinamento para a Força Aérea Brasileira, o denominado projeto Falcão.
No entanto, foi no setor de defesa que a companhia se firmou, com o Astros 2, sistema de artilharia de saturação de área com uso de foguetes, produzido a partir de1983. A indústria vendeu seus produtos para Iraque, Arábia Saudita e Malásia, entre outros.
Carteira atende áreas militar e civil
A avibras possui em sua carteira produtos diversos para o setor militar, como mísseis, foguetes guiados, foguetes de treinamento, para pesquisa espacial, o sistemas Astros e o o sistema Vant (Veículo Aéreo Não Tripulado), entre outros. Para área civil, a empresa veículos especiais, explosivos e pinturas especializada para vários setores.
O Ministério da Defesa informou que no período 2011/2012 está prevista para o programa a liberação de R$ 211 milhões. A empresa aguarda também a finalização do equacionamento da dívida que tem com a União, no valor de R$ 207 milhões. O débito era de R$ 400 milhões, mas foi reduzido após renegociação.
Análise. Na avaliação de Expedito Bastos, especialista em assuntos militares da Universidade Federal de Juiz de Fora (MG), a Avibras seria a última grande indústria de defesa das décadas de 1970 e 1980 que conseguiu sobreviver. “Ela é estratégica para o país, mas depende da ajuda governamental. Sem encomendas, nenhuma indústria sobrevive”, afirma o especialista. Para Bastos, o governo deveria investir mais em empresas como a Avibras, que pesquisa e desenvolve tecnologia nacional no campo da defesa. “Em vez de comprar no exterior, o governo deveria apoiar a indústria nacional”, disse.
Opinião similar de dirigentes de entidade de classe, como do presidente da ACI (Associação Comercial e Industrial, Felipe Cury, que trabalhou durante 13 anos na indústria. “A Avibras tem competência para desenvolver produtos, mas falta apoio financeiro”, afirmou o dirigente. História. Fundada em 1961 pelo engenheiro João Verdi de Carvalho Leite, morto em um acidente aéreo em
No entanto, foi no setor de defesa que a companhia se firmou, com o Astros 2, sistema de artilharia de saturação de área com uso de foguetes, produzido a partir de
Carteira atende áreas militar e civil
A avibras possui em sua carteira produtos diversos para o setor militar, como mísseis, foguetes guiados, foguetes de treinamento, para pesquisa espacial, o sistemas Astros e o o sistema Vant (Veículo Aéreo Não Tripulado), entre outros. Para área civil, a empresa veículos especiais, explosivos e pinturas especializada para vários setores.