Rivera enfrentava afirmações de que não fazia o suficiente para combater guerrilhas
Agência Estado
O ministro da Defesa da Colômbia, Rodrigo Rivera, renunciou nesta quarta-feira, 31, em meio às crescentes críticas de que não estava fazendo o suficiente para combater o aumento dos ataques e sequestros realizados por rebeldes guerrilheiros. "Para permitir-me novas oportunidades de servir meu país, eu apresento minha renúncia", disse Rivera. "Com a bênção de Deus e a liderança do presidente (Juan Manuel Santos), a Colômbia vai continuar a avançar na questão da segurança nos próximos anos."
Guerrilhas de esquerda têm travado uma guerra contra o governo colombiano há quase meio século, argumentando que lutam por justiça social. Esses grupos se financiam com o dinheiro do resgate de sequestros e o tráfico de drogas. O presidente Santos aceitou rapidamente a renúncia de Rivera, agradeceu a ele por seus serviços e lhe ofereceu uma embaixada na Europa. Em seguida, o presidente nomeou Juan Carlos Pinzon, seu chefe de gabinete e ex-vice-ministro da Defesa, como o novo titular da pasta. "Eu entendo a imensa responsabilidade que está a minha frente", disse Pizon, ao lado de Santos e Rivera, em breve discurso em cadeia nacional de televisão. Ele afirmou que considera que não há "honra maior" do que trabalhar com soldados das forças armadas colombianas e com a polícia nacional.
Rivera, ex-integrante do Legislativo, foi nomeado para o Ministério da Defesa por Santos quando o presidente assumiu o cargo um ano atrás, em substituição a Alvaro Uribe.
Durante seus dois mandatos, Uribe fez grandes avanços contra os guerrilheiros. Ele convenceu poderosos grupos paramilitares de direita a se desarmarem e com uma forte ofensiva contra rebeldes de esquerda conseguiu reduzir pela metade o tamanho e a capacidade de ação dos rebeldes.
Mas apesar dos avanços alcançados por Uribe, o principal grupo rebelde colombiano, as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), ainda é uma força potente capaz de executar ataques bem calculados contra as forças armadas colombianas e outros alvos, como a indústria do petróleo.
As informações são da Dow Jones.