Correio Braziliense
O Colégio Militar de Brasília, escola pública com melhor nota no Enem no Distrito Federal, tem um longo histórico de sucessos. Para o subdiretor de Ensino da instituição, coronel Samuel Horn Pureza, os resultados são consequência de uma educação mais ampla.
"Não focamos nas avaliações imediatas. O que nos dá reconhecimento nacional é a consistência da nossa proposta pedagógica. Não dá pra formar só no 3° ano. Nós formamos, desde o início, os domínios psico-motores e afetivos. Um aluno crítico que sabe ir atrás dos objetivos", explica.
O CMB ficou em 16° lugar na lista que une rede pública e privada do DF. Para o coronel Samuel, como a UnB não aderiu ao Enem, o interesse pelo exame cai. Pouco mais da metade dos alunos fizeram a prova. Dos 500 estudantes, 277 participaram do Enem. "Sem contar os que já passaram em universidades no meio do ano. Nosso resultado poderia ter sido ainda melhor", defende.
A situação do Centro de Ensino Médio Setor Oeste (Cemso) é mais difícil, o que não impediu a escola de ser a mais bem colocada entre as públicas mantidas pelo GDF pela terceira vez. "É resultado da nossa proposta pedagógica. Desde a fundação, nós queremos dar condições iguais aos nossos alunos para concorrer com os alunos de escolas particulares", afirma o diretor do Colégio, Augusto de Sousa Neto.
Hallison Phelipe Lopes de Castros, 17 anos, estuda no Cemso desde o 1° ano do ensino médio. "Na escola, há laboratórios, mas eles não têm professores para dar aula." Ele sabe que a escola passa por alguns problemas, porém, isso não abalou a confiança da aprovação em alguma universidade federal.