A Mitsubishi Heavy Industries, maior fornecedora do governo japonês na área de defesa, disse ontem que seus computadores foram invadidos por hackers. Segundo a mídia local, o ataque teve como alvo informações sobre submarinos, mísseis e centrais nucleares.
Reuters
A companhia admitiu em comunicado a possibilidade de os invasores terem roubado informações, no primeiro ataque cibernético à indústria de defesa do Japão.
"Descobrimos que alguns sistemas (...) foram vazados, e isso é assustador", disse um porta-voz da empresa. Ele disse, porém, ser pouco provável que informações sensíveis tenham sido furtadas. A empresa notou o ciberataque pela primeira vez em 11 de agosto.
Um relatório do governo japonês sugeriu em agosto que o país adotasse medidas urgentes de vigilância, após uma onda de ciberataques neste ano que incluiu a Lockheed Martin e outras empresas fornecedoras do governo dos EUA.
Na ocasião, houve insinuações de que os ataques tinham origem na China. O jornal "Yomiuri" informou que cerca de 80 computadores infectados por vírus foram encontrados na sede da Mitsubishi Heavy Industries, em Tóquio e em outras unidades de fabricação, pesquisa e desenvolvimento. Uma dessas unidades, a Kobe Shipyard, fabrica submarinos e componentes para usinas nucleares. Outra unidade constrói mísseis guiados e motores de foguetes, informou o jornal, citando fontes anônimas.
Pelo menos oito tipos diferentes de vírus, incluindo cavalos de Troia - que rouba informaçõeschave - foram encontrados nos computadores da sede da Mitsubishi Heavy.
Os armamentos fornecidos pela empresa incluem mísseis terra-ar Patriot e mísseis ar-ar AIM-7 Sparrow. A Mitsubishi Heavy também trabalha com a Boeing na fabricação de jatos 787 Dreamliner.
"O ataque é coerente com o que nós já vimos acontecer com grandes companhias de defesa americanas", disse Andrew Davies, analista de assuntos cibernéticos do Instituto de Políticas Estratégicas, da Austrália. "Os japoneses constroem grandes submarinos convencionais que estão entre os mais sofisticados do mundo. É muito atraente para os hackers obter o design de submarinos japoneses."
Um relatório do governo japonês sugeriu em agosto que o país adotasse medidas urgentes de vigilância, após uma onda de ciberataques neste ano que incluiu a Lockheed Martin e outras empresas fornecedoras do governo dos EUA.
Na ocasião, houve insinuações de que os ataques tinham origem na China. O jornal "Yomiuri" informou que cerca de 80 computadores infectados por vírus foram encontrados na sede da Mitsubishi Heavy Industries, em Tóquio e em outras unidades de fabricação, pesquisa e desenvolvimento. Uma dessas unidades, a Kobe Shipyard, fabrica submarinos e componentes para usinas nucleares. Outra unidade constrói mísseis guiados e motores de foguetes, informou o jornal, citando fontes anônimas.
Pelo menos oito tipos diferentes de vírus, incluindo cavalos de Troia - que rouba informaçõeschave - foram encontrados nos computadores da sede da Mitsubishi Heavy.
Os armamentos fornecidos pela empresa incluem mísseis terra-ar Patriot e mísseis ar-ar AIM-7 Sparrow. A Mitsubishi Heavy também trabalha com a Boeing na fabricação de jatos 787 Dreamliner.
"O ataque é coerente com o que nós já vimos acontecer com grandes companhias de defesa americanas", disse Andrew Davies, analista de assuntos cibernéticos do Instituto de Políticas Estratégicas, da Austrália. "Os japoneses constroem grandes submarinos convencionais que estão entre os mais sofisticados do mundo. É muito atraente para os hackers obter o design de submarinos japoneses."