O Estado de SP
A segurança do desfile do 7 de Setembro teve de enfrentar logo cedo uma situação inusitada.
Um grupo de mil pessoas ocupou - às 4 horas da madrugada - uma arquibancada quase em frente ao palanque presidencial que estava reservada para autoridades. Eram familiares e ex-militares, vindos e 14 Estados, que integram hoje a Associação Nacional de Ex-Soldados Especializados da Aeronáutica (Anese).
A estratégia era ficar o mais perto possível da presidente Dilma Rousseff para reivindicar a reintegração ao Comando da Aeronáutica. Para não serem expulsos, acordaram com a polícia que não promoveriam vaias ou qualquer tipo de xingamento contra as autoridades e que se limitariam a pedir a reintegração à Aeronáutica. Eles gritavam apenas: "Dilma, eu te amo". A presidente retribuiu com beijos e acenos.
Segundo Marcelo Lopes, que dirige a Anese em Brasília, os ex-soldados prestaram concurso para a Força Aérea e deveriam continuar na carreira até o posto de suboficial. Em 2001, no entanto, 12,4 mil concursados foram dispensados. Desde então, os ex-soldados pressionam o governo pela reintegração.
Ex-militares fazem elogios para poder protestar no desfile
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