Países do Golfo tiram emissários da Síria - Notícias Militares

Breaking News

Post Top Ad

Responsive Ads Here

Post Top Ad

Responsive Ads Here

10 agosto 2011

Países do Golfo tiram emissários da Síria

Depois da Arábia Saudita, embaixadores do Bahrein e Kuwait deixam Damasco; chanceler turco reúne-se hoje com Assad

Gustavo Chacra - O Estado de S.Paulo

CORRESPONDENTE / NOVA YORK

 
Depois da Arábia Saudita, dois outros países do Golfo Pérsico retiraram ontem seus embaixadores de Damasco em protesto contra a violência das forças sírias na repressão a opositores. A pressão sobre Bashar Assad deve crescer ainda mais hoje com a visita do chanceler da Turquia, Ahmet Davutoglu, à Síria.

 
Kuwait e Bahrein disseram ter chamado seus representantes na capital síria para consultas sobre os acontecimentos no país. A decisão da monarquia bareinita foi considerada irônica no mundo árabe, já que as forças locais, com o apoio da Arábia Saudita, têm liderado uma violenta repressão contra a oposição em Manama, com a morte de dezenas e a prisão de centenas de manifestantes.

 
A decisão dos países árabes foi elogiada pelos EUA. O porta-voz do Departamento de Estado, Mark Toner, porém, descartou a possibilidade de uma retirada do embaixador americano em Damasco, conforme vêm exigindo alguns membros do Congresso. "Avaliamos que a presença dele como observador é importante", disse Toner.

 
A Liga Árabe e o Conselho de Cooperação do Golfo - grupo que reúne países da Península Arábica - já haviam advertido Assad, no domingo, sobre um possível rompimento de laços por causa da violência.

 
Peso moral. Além dos países do Golfo, a principal universidade islâmica do mundo também condenou o regime sírio. Ahmed al-Tayeb reitor da Universidade Al-Azhar, do Cairo, disse que a violência na Síria "é uma tragédia para o mundo árabe e muçulmano".

 
Mais complicada para Damasco é a posição da Turquia. O ministro das Relações Exteriores turco levará a Assad uma mensagem do premiê Recep Tayyip Erdogan pedindo que a violência seja "interrompida imediatamente" e qualificando a posição do regime de "insustentável". O governo turco era, até o início da eclosão dos protestos, um dos maiores aliados e investidores na Síria.

 
Caso ocorra um rompimento entre os dois países, Assad deverá ficar ainda mais isolado. Mesmo assim, seus assessores criticavam duramente a decisão da Turquia de condenar o regime sírio sem levar em conta a agressão do que chamam de "terroristas armados" contra o governo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Post Top Ad

Responsive Ads Here