O Globo
BENGHAZI, Líbia - O líder militar dos rebeldes que lutam pela queda do regime do ditador Muamar Kadafi, na Líbia, Abdelfatah Younis, afirmou que a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) "infelizmente" os desapontou, já que, segundo ele, é lenta demais para atender aos pedidos de ataques aéreos, informou a rede al-Jazeera.
Younis é ex-ministro do Interior de Kadafi e desertou há poucos dias. A reclamação veio após a denúncia da situação de Misurata, onde a população sofre ataques das forças aliadas ao regime e carece de falta de água e comida. O rebelde reclama que a Otan não aceita direcionamento de alvos pelos insurgentes e que apenas ataca áreas pré-definidas.
- Se a Otan esperar mais uma semana, será um crime que a Otan terá que carregar - afirmou o líder, em Benghazi.
A organização assumiu as operações, antes lideradas pelos Estados Unidos, há cinco dias em uma operação chamada "Protetor Unificado ". A missão da Otan ainda inclui verificação do embargo de armas e ações para proteger civis e cidades, de acordo com resolução aprovada pelo Conselho de Segurança da ONU.
O líder rebelde afirmou ainda que o Conselho Nacional da Líbia tem legitimidade para vender petróleo e que começou a fazê-lo por meio do Qatar.
- Kadafi não quer que usufruamos de nossos direitos - disse ele na coletiva de imprensa. O país do Golfo Pérsico reconheceu o conselho revolucionário de Benghazi como o governo legítimo da Líbia. A Itália, grande investidora do petróleo líbio, também se alinhou aos rebeldes.
Líder rebelde afirma que Otan é lenta demais
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