AFP - Agence France-Presse
"As vendas combinadas das 100 empresas mais importantes de armamento (Top 100) aumentaram 14,8 bilhões de dólares em 2009 na comparação com 2008, o que representa um aumento de 8%, segundo o Sipri, que tem sede em Estocolmo.
Durante 2009, as vendas de armas do Top 100 alcançaram US$ 401 bilhões, incluindo 247 bilhões (61,5%) de lucros para 45 empresas com sede nos Estados Unidos. "Os gastos em bens e serviços militares do governo dos Estados Unidos são um fator determinante no aumento das vendas de armas das empresas americanas e para as empresas da Europa ocidental que estão no mercado dos EUA", afirma Susan Jackson, analista da indústria do armamento do Sipri.
Em 2009, o grupo de defesa americano Lockheed Martin recuperou o primeiro lugar no ranking, superando o britânico BAE Systems, com vendas que alcançaram 33,4 bilhões de dólares (33,3 para a empresa inglesa). Cada empresa tem 8,3% das vendas totais.
A filial americana da BAE vendeu 19,3 bilhões de dólares, o que a colocaria sozinha no sétimo lugar mundial. A Europa está representada no Top 100 com 33 empresas de nove países (Alemanha, Espanha, Finlândia, França, Itália, Noruega, Grã-Bretanha, Suécia e Suíça), que registraram vendas acumuladas de 120 bilhões de dólares em 2009, o que representa 30% do total.
Entre os 10 maiores vendedores de armas, sete são americanos: Lockheed Martin, Boeing, Northrop Grumman, General Dynamics, Raytheon, L-3 Communications e United Technologies. O Sipri não levou em consideração a China porque "apesar de vários fabricantes de armas chineses serem suficientemente importantes para integrar o Top 100, é impossível incluí-los por falta de dados comparáveis e suficientemente precisos", explicou Jackson à AFP.
A Ásia está, no entanto, representada na lista com 10 empresas (quatro do Japão, três da Índia, duas da Coreia do Sul e uma de Cingapura), enquanto Israel, Kuwait e Turquia têm uma empresa cada. O Instituto Internacional de Estudos para a Paz define as vendas de armas como vendas de bens e serviços militares a uma clientela militar, tanto no mercado interno como para a exportação.
Criado em 1966, o Sipri é um instituto internacional independente com sede em Estocolmo, financiado em 50% pelo Estado sueco e especializado nos conflitos, armamento, controle de armas e desarmamento.