Conselho de Segurança amplia sanções; medida é aprovada por 10 votos e 5 abstenções
Do R7 com agências internacionais
O Conselho de Segurança da ONU autorizou na noite desta quinta-feira (17) uma intervenção militar na Líbia, para “proteger a população civil”. A resolução aprovada por 10 votos a favor e cinco abstenções (inclusive do Brasil), cria uma zona de exclusão aérea no país e autoriza bombardeios, mas sem ocupação terrestre de tropas.
O documento estabelece que os países membros da ONU adotem “todas as medidas necessárias” para evitar um massacre por parte do regime de Muammar Gaddafi, o que inclui ataques aéreos para “proteger civis e áreas povoadas, incluindo Benghazi”.
Brasil, Alemanha, Rússia, China e Índia se abstiveram.
Benghazi, situada no leste do país, foi a primeira cidade a ser tomada pelos rebeldes anti-Gaddafi. Após o avanço da oposição em direção a Tripoli, forças leais ao regime contra-atacaram, ganharam terreno e estão prestes a retomar Benghazi.
Apesar de autorizar os bombardeios, o documento do Conselho de Segurança não autoriza a presença de tropas terrestres no país.
A resolução, defendida pela França, Reino Unido e Líbano, proíbe qualquer voo no espaço aéreo líbio e autoriza a utilização de “todas as medidas necessárias para garantir a zona de exclusão aérea”. A Liga Árabe apoiou a iniciativa.
Sanções aumentam
A ONU ainda endurece o embargo de armas e as sanções econômicas impostas a Trípoli no mês passado. O documento também exige um cessar-fogo imediato por parte do regime de Gaddafi.
No relatório do documento, os países signatários condenam as “graves e sistemáticas violações dos direitos humanos” ocorridos na Líbia, incluindo torturas, detenções arbitrárias e execuções sumárias.
Dos 15 membros do Conselho de Segurança, 10 votaram a favor e cinco se abstiveram (nenhum votou contra), após três dias de negociações.
ONU autoriza bombardeios contra Gaddafi na Líbia
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