Do UOL Notícias
Em São Paulo
Um porta-voz do Exército líbio citado pela TV estatal do país neste sábado (19) disse que “objetivos civis" nas cidades de Trípoli, Misrata, Zuara e Benghazi, na região costeira do país, foram alvo de ataques aéreos dos "inimigos".
"O inimigo tomou como alvo objetivos civis em Trípoli, Misrata, Zuara (oeste) e Benghazi (leste)", revelou a TV líbia, para acrescentar que um dos locais atingidos é o hospital de Bir Osta Miled, 15 km a leste de Trípoli.
A citação aconteceu pouco depois de o presidente americano, Barack Obama, ter dito durante visita ao Brasil que os Estados Unidos e seus parceiros de coalizão estão "preparados para agir" na Líbia caso não haja uma interrupção imediata da violência contra civis no país. "O nosso consenso foi forte e nossa determinação é clara. O povo da Líbia deve ser protegido, e na ausência de um fim imediato da violência contra civis, nossa coligação está preparada para agir, e agir com a urgência”, disse Obama.
Além dos EUA, forças de outros quatro países -- França, Canadá, Itália e Reino Unido -- já começaram a atacar as forças fieis ao ditador líbio Muammar Gaddafi, dois dias após o aval da ONU para uma intervenção militar no país africano para conter a onda de violência do ditador contra os rebeldes.
O primeiro-ministro britânico David Cameron confirmou, em um comunicado, que forças do Reino Unido já estão em ação na Líbia. “Foi necessário, legal e justo”, disse o premiê.
Segundo as redes americanas “CNN” e “Fox News”, um navio de guerra dos Estados Unidos, alocado no mar Mediterrâneo, lançou mísseis de cruzeiro contra alvos da Líbia. Ainda não há informações de feridos ou dos alvos atingidos.
Juntos, navios de guerra e submarinos dos Estados Unidos e Reino Unido já teriam lançado 112 mísseis de cruzeiro contra os sistemas antimísseis líbios e alcançado cerca de 20 alvos, segundo informou o Pentágono.
Nessa primeira fase da intervenção, o almirante americano Bill Gortney informou que as operações dos EUA se concentraram na parte ocidental da Líbia.
Segundo a agência de notícias Reuters, citando uma fonte militar americana, um ataque na costa da Líbia pelas forças dos cinco países está prevista para acontecer ainda hoje.
O ministro das Relações Exteriores francês, Alain Juppé, advertiu que a ação militar contra o regime de Muammar Gaddafi vai continuar "pelos próximos dias".
"As operações vão continuar nos próximos dias até que o regime líbio aceite" todas as exigências do texto adotado pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas, assinalou Juppé em entrevista à rede de televisão "France 2".
Segundo o chanceler francês, o objetivo da operação militar lançada contra a Líbia é "ajudar o povo líbio a se libertar" de Gaddafi.
Neste sábado, aviões franceses destruíram quatro veículos militares das forças do ditador líbio Muammar Gaddafi em Benghazi, onde a França, em conjunto com outro países, iniciou uma intervenção para conter a onda de violência do ditador contra os rebeldes.
A ação dos caças franceses aconteceu poucas horas depois do anúncio oficial do início da intervenção, feito pelo presidente francês Nicolas Sarkozy.
Segundo o Ministério da Defesa francês, cerca de 20 aviões estavam envolvidos na intervenção anunciada hoje pelo presidente francês Nicolas Sarkozy, para cumprir a resolução do Conselho de Segurança da ONU, que autoriza o recurso à força militar contra o regime de Muamar Gaddafi.
A operação francesa começou por volta das 11h (7h de Brasília) com a decolagem de quatro caças Rafale da base francesa de Saint Diziers. Às 15h (11h) se somaram outros aviões de combate Mirage com o objetivo de "atacar alvos militares" caso fosse constatado que as forças de Gaddafi atuavam contra a população civil.
"Inimigos" atacaram alvos civis em Trípoli, Zuara, Misrata e Benghazi, diz TV líbia
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