Defesa de navios com raios laser, poderá estar à vista
Área Militar
A marinha norte-americana anunciou que numa das várias experiências realizadas com lasers de alta capacidade, conseguiu-se numa experiência de laboratório produzir um raio com potência efectiva, que pode permitir substituir os sistemas de defesa anti-míssil com vantagem.
A tecnologia FEL, de Free Electron Laser ou «laser de electrões livres», está em estudo para fins militares há vários anos, com o objectivo de desenvolver um sistema de armas suficientemente potente, que consiga penetrar a protecção de qualquer tipo de míssil.
Esta tecnologia, permite produzir um raio, com menos quantidade de energia que os mais tradicionais lasers de semi-condutores, mas não funciona de forma eficaz com potências maiores, por várias razões, entre as quais a dimensão, que transforma a sua mobilidade num problema de dificil solução.
No entanto, os sistemas que estão a ser desenvolvidos permitem a redução do peso total de um sistema de disparo. Por esta razão, além da marinha norte-americana e do exército, a força aérea também está interessada neste tipo de sistemas e o próximo caça norte-americano de sexta geração deverá caracterizar-se por possuir armas de energia dirigida, o que é a mesma coisa que dizer que os norte-americanos preparam-se para no futuro abandonar os mísseis e substitui-los por armas de raios de energia dirigida.
A marinha norte-americana pretende desenvolver sistemas de defesa anti-aérea utilizando raios de energia dirigida, que podem atingir alvos a distâncias de 200km, substituindo no futuro os sistemas de defesa de ponto como os Phalanx ou os mais recentes RAM.
Segundo foi divulgado pela imprensa especializada, teria sido feita uma descoberta quase miraculosa, permitindo produzir um raio como uma potência de 500,000V.
Este valor é absolutamente espantoso, quando inicialmente se conseguiam potências de 11v, que apenas conseguiam alimentar uma pequena lâmpada eléctrica. Sabe-se que em 2006 já se conseguia atingir uma potência de 40,000 a 50,000V.
As notícias agora avançadas, afirmam portanto que nos últimos cinco anos os laboratórios norte-americanos conseguiram produzir um laser dez vezes mais potente.
A ideia de que de um momento para o outro foi feita uma descoberta extraordinária e inexplicável, aparece no entanto como duvidosa, principalmente por ocorrer numa altura em que a China apresentou o primeiro protótipo de um caça com tecnologia Stealth e também um míssil balístico que alegadamente terá capacidade para atacar alvos móveis, como é o caso do míssil balístico anti-navio DF-21D.
Declarações recentes dos militares da marinha norte-americana, foram no sentido de dar relativamente pouca importância ao «novo» míssil chinês, que é apontado por muitos como uma mera campanha publicitária, destinada a produzir um míssil para paradas militares e não para utilização operacional.
Vários responsáveis no pentágono, afirmaram à imprensa, que vêm com muito mais preocupação os esforços chineses para desenvolver formas de desactivar ou desarticular as redes digitais de dados militares norte-americanas.
Segundo essas fontes, o verdadeiro perigo chinês, viria dessa capacidade não-convencional e não de um número de mísseis relativamente convencionais, para os quais existem sistemas conhecidos de defesa.
No campo da propaganda os lasers de alta potência representariam a machadada final nos sistemas de mísseis balísticos da China e da Rússia.
Alguns sistemas destes países, como é o caso do sistema de mísseis balísticos russo 3N14 «Bulava» (SS-N-30 Mace, na designação NATO), foram desenvolvidos para resistir a raios laser, mas nunca a raios com a potência agora anunciada.
Tal capacidade a existir, tornaria quase ridículo o anuncio chinês de que possui um míssil com capacidade para atingir navios norte-americanos, um sistema que foi pomposamente etiquetado de «carrier killer» ou, assassino de porta-aviões.
Tal capacidade a existir, tornaria quase ridículo o anuncio chinês de que possui um míssil com capacidade para atingir navios norte-americanos, um sistema que foi pomposamente etiquetado de «carrier killer» ou, assassino de porta-aviões.
Até ao momento, tanto o sistema chinês quanto o norte-americano, são apenas anúncios e nenhum deles provou ter qualquer viabilidade e são tecnicamente apenas armas próximas do que conhecemos como ficção cientifica.