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"O plano da Otan [Organização do Tratado do Atlântico Norte] é ocupar a Líbia", afimou o ex-presidente cubano, Fidel Castro, em seu artigo publicado nesta terça-feira (22/02) pelo site CubaDebate. Para ele, os Estados Unidos ordenarão "em questão de horas ou muito em breve" que a organização invada a Líbia, palco de protestos contra o regime de Muamar Kadafi, que se iniciaram no dia 16 de fevereiro.
"O que para mim é absolutamente evidente é que o governo dos Estados Unidos não se preocupa absolutamente com a paz na Líbia, e não hesitará em dar à Otan a ordem de invadir o país", diz o artigo.
Fidel acrescentou ainda que "uma pessoa honesta estará sempre contra qualquer injustiça que se cometa com qualquer povo do mundo e, a pior delas, neste instante, seria silenciar diante do crime que a Otan prepara para cometer contra o povo líbio".
"O que para mim é absolutamente evidente é que o governo dos Estados Unidos não se preocupa absolutamente com a paz na Líbia, e não hesitará em dar à Otan a ordem de invadir o país", diz o artigo.
Fidel acrescentou ainda que "uma pessoa honesta estará sempre contra qualquer injustiça que se cometa com qualquer povo do mundo e, a pior delas, neste instante, seria silenciar diante do crime que a Otan prepara para cometer contra o povo líbio".
O ex-líder cubano disse ainda que não imaginava o coronel líbio abandonando o país, o que significaria "evitar as responsabilidades que lhe são atribuídas, sejam ou não falsas, em parte ou em sua totalidade".
Com a maior intensidade dos protestos e da repressão violenta no país, uma série de notícias passou a ser questionada, já que a imprensa internacional não tem acesso à Líbia. Para Fidel, é preciso esperar para se confirmar a veracidade das informações sobre os acontecimentos na Líbia. De acordo com ONGs locais, entre 200 e 400 pessoas morreram nos últimos dias com a dura repressão aos protestos contra Kadafi.
"Pode-se estar ou não de acordo com Kadafi. O mundo foi invadido por todo tipo de notícias, empregando especialmente meios de informação em massa. Mas é preciso esperar o tempo necessário para conhecer com rigor quanto há de verdade ou mentira, ou uma mistura de fatos de todos os tipos que, em meio ao caos, são produzidos na Líbia", disse.
Estas foram as primeiras declarações de Cuba em relação às manifestações na Líbia. Anteriormente, Fidel havia se pronunciado apenas sobre o ex-presidente egípcio Hosni Mubarak, a quem chamou de "corrupto".