Karzai denuncia morte de 50 civis em operação da Otan no Afeganistão
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Entre os mortos estavam 13 insurgentes, pelo menos 20 mulheres, 27 crianças e jovens com idades de 7 e 20 anos, bem como três idosos
AFP
O presidente afegão, Hamid Karzai, afirmou neste domingo em um comunicado que "pelo menos 50 civis" foram mortos pelas forças da Otan durante uma operação na província de Kunar, no leste do país. "Cerca de 50 civis morreram durante as operações realizadas pelas forças internacionais no distrito de Ghaziabad, na província de Kunar", declarou Karzai.
O presidente indicou ter recebido as informações da NDS, a agência afegã de inteligência e de autoridades locais. Em um comunicado, Karzai condenou "energicamente as baixas civis causadas pelas operações militares nos ataques aéreos das forças internacionais", e afirma ter enviado uma delegação do governo para a região com o objetivo de investigar as circunstâncias do incidente.
A mesma denúncia foi feita horas antes por Fazlullah Wahidi, governador de Kunar, que indicou haver pelo menos 20 mulheres, três idosos e várias crianças e jovens entre 7 e 20 anos entre as vítimas. Wahidi, entretanto, mencionou mais de 50 mortos.
"Ao todo, 63 pessoas morreram", a maioria nos bombardeios aéreos dirigidos contra supostos insurgentes, declarou à AFP o governador de Kunar, Fazlullah Wahidi, destacando que entre os mortos estavam 13 insurgentes, pelo menos 20 mulheres, 27 crianças e jovens com idades de 7 e 20 anos, bem como três idosos.
Assim como Karzai, Wahidi destacou que as operações militares continuavam no distrito de Ghaziabad. A força da Otam informou em um comunicado que se dispõe a "enviar uma equipe de investigação para examinar as acusações, segundo as quais a Isaf causou perdas civis em suas operações na província de Kunar".