Já é certo que o F-35 é uma das armas mais caras de sempre. O avião que foi concebido para substituir a maior parte da frota da USAF arrisca-se a tornar um autêntico pesadelo em custos, quer pelo disparo dos custos unitários de cada aparelho, quer pelos elevados custos de manutenção que hoje já se podem antever.
Quintus
Depois de uma sucessão – aparentemente interminável – de aumentos de custos que levaram a estimativa total do programa F-35 até a uns extraordinários 382 biliões de dólares, por 2443 aparelhos. Tal montante, confrontado com um défice orçamental babilónico e uma economia fragilizada, colocam em risco todo o programa e, sobretudo, o número total de aparelhos e, logo, a manutenção dos mesmos níveis de resposta para o aparelho militar dos EUA.
Depois de uma sucessão – aparentemente interminável – de aumentos de custos que levaram a estimativa total do programa F-35 até a uns extraordinários 382 biliões de dólares, por 2443 aparelhos. Tal montante, confrontado com um défice orçamental babilónico e uma economia fragilizada, colocam em risco todo o programa e, sobretudo, o número total de aparelhos e, logo, a manutenção dos mesmos níveis de resposta para o aparelho militar dos EUA.
F-35 Lightining II | Reprodução |
A aparição do novo caça Stealth chinês e os progressos registados com o T-50, o equivalente russo do Raptor, colocam os EUA sob ainda mais pressão. Para responder a estes desafios e para o desafio ainda mais importante que será colocado quando estes aviões de 5a geração começarem a ser vendidos para outros países que têm conflitos com os EUA (como o Irão…) então estes F-35 parecerão demasiados poucos e caros (cada um custará mais de 92 milhões de dólares) impossibilitando que mais sejam construídos para responder a estes desafios chineses e russos.
Robert Gates, o Secretário de Defesa dos EUA, já avisou a Lockheed Martin que “a cultura de dinheiro infinito tem que ser substituída por uma cultura de contenção”. Gates chegou mesmo ao ponto de ameaçar cancelar completamente a versão de descolagem vertical, colocando em risco os 449 aparelhos desta versão que deveriam ser entregues até 2016. Outra alteração ao programa poderá ser o desenvolvimento de um novo motor, se a Pratt & Whitney não conseguir resolver os problemas atualmente existentes.
No global, contudo, e tendo em conta a extraordinária quantidade de dinheiro já investido e o facto de existirem parceiros e clientes internacionais confirmados é hoje impossível cancelar totalmente o programa, razão pela qual o avião deverá mesmo assumir o papel central na USAF nas próximas décadas. Apesar de todos os custos e do aparente descontrolo dos mesmos… e de começarem a surgir aparelhos que – pelo menos no papel – lhe são superiores, como o russo Sukhoi T-50 e o J-20 chinês.