Jornal da Mídia
Brasília – Com o vencimento do prazo de vida útil de parte dos caças de combate da Força Aérea Brasileira (FAB) a partir de 2016, o ideal é que o Brasil decida sobre a renovação da frota ainda este ano, a fim de que haja tempo hábil para a substituição das aeronaves. A informação foi dada hoje (7) pelo ministro da Defesa, Nelson Jobim, logo após participar do programa Bom Dia, Ministro, produzido pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, em parceria com a EBC Serviços.
“Não sou eu quem vai determinar a pauta da presidenta (Dilma Rousseff). Na hora em que achar conveniente, ela vai me chamar, mas ela sabe que esse é um assunto que terá que ser resolvido neste semestre. Por causa dessa situação, temos que decidir a questão este ano”, disse o ministro.
Segundo Jobim, como o simples anúncio da melhor proposta não vai pôr fim à concorrência, a decisão tem que sair, no limite, até o fim deste ano, sob o risco de comprometimento de parte da frota aérea militar nacional. De acordo ele, o ciclo de vida útil dos atuais caças Mirage 2000 começa a vencer em 2016, e o dos modelos F-5, em 2020.
Ao garantir que os valores apresentados inicialmente pelas três empresas (Saab, Boeing e Dassault) que disputam a preferência do governo tem variado e, “seguramente, vão cair”, Jobim revelou que hoje que o negócio gira entre “5 e 6 bilhões de euros”.
Uma vez escolhido o melhor modelo, acrescentou o ministro, a conclusão do processo de compra dos caças ainda deverá demorar, no mínimo, um ano. Nesse período, serão discutidos os termos dos contratos comercial e financeiro. Do primeiro, conduzido pela Aeronáutica, constarão as especificações técnicas do modelo vencedor da concorrência. Do segundo, as fomas de pagamento.
Jobim também comentou as críticas feitas ao Exército por ter cedido as instalações do Forte dos Andradas, no Guarujá, no litoral paulista, para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva passar as férias com a família. Ao deixar o prédio da Empresa Brasil de Comunicação – EBC, afirmou: “Convidei o então presidente no ano passado. É uma coisa absolutamente normal”.