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13 dezembro 2010

Com impasse dos caças, FAB teme apagão

Adiamento da decisão do governo sobre a compra dos aviões, ocorrida anteontem, surpreendeu concorrentes

Aposentadoria de caças Mirage-2000 pode fazer com que Defesa compre de emergência aviões para cobrir buraco

Igor Gielow - Folha de SP

O adiamento na decisão sobre a compra dos novos caças da FAB (Força Aérea Brasileira), agora nas mãos da presidente eleita, Dilma Rousseff, trouxe de volta aos militares o temor de um apagão no sistema de defesa aérea do país.

Entre os concorrentes da disputa, houve surpresa com o resultado da reunião entre a presidente eleita e o ministro da Defesa, Nelson Jobim, ocorrida anteontem.

Já entre brigadeiros, além da decepção de ver o enredo que se arrasta desde 2001 sem desfecho, a Folha apurou que há a preocupação com a aposentadoria dos 12 Mirage-2000 que compõem a primeira linha de defesa do núcleo do poder do país.

Baseados em Anápolis (GO), os caças já haviam sido comprados como solução-tampão em 2005, quando a primeira concorrência para adquirir novos aviões foi cancelada pelo governo Lula.

Eles deverão parar de voar a partir de 2014 e, mesmo que o novo modelo esteja escolhido em 2011, dificilmente voará antes de 2015.

Aí surgem as mesmas opções anteriores para evitar o apagão: a compra emergencial de aviões para tapar buraco e a intensificação do uso das versões modernizadas do F-5, aviões da década de 1970 que ganharam recheio eletrônico novo e são elogiados.

No exercício militar Cruzex, em novembro, os F-5 derrubaram na simulação o visitante francês Dassault Rafale - ironicamente, o modelo apontado por Jobim para equipar a FAB.

Os brigadeiros preferiram em sua avaliação o sueco Saab Gripen contra o Rafale e o americano Boeing F-18. Porém, o comandante Juniti Saito enviou, no início do ano passado, ofício asseverando que os três aviões cumpririam o papel previsto.

Dilma agora deverá analisar o parecer de Jobim e, especula-se, o da FAB. Não há prazo, uma decisão é esperada para o início de 2011. A compra não custará menos de R$ 10 bilhões para 36 aviões, armas e logística.

"Estamos prontos para qualquer consulta", disse Bengt Janér, da Saab. Dassault e Boeing não falaram.

A decisão pró-Rafale era dada como certa, embora a permanência de Jobim na Defesa mantenha o concorrente francês como favorito.

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