BENJAMIN KANG LIM
DA REUTERS, EM PEQUIM
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Analistas dizem que a China deverá usar o equipamento para dar segurança ao transporte de petróleo no oceano Índico e nos arredores das disputadas ilhas Spratly. Mas a operação com capacidade total ainda deve demorar alguns anos.
"O período em torno de 1º de julho do ano que vem, na celebração do aniversário do Partido [Comunista] é uma possibilidade [do lançamento]", disse à Reuters uma fonte próxima à liderança do país. O Ministério da Defesa não quis se pronunciar.
O porta-aviões Varyag, que já pertenceu à União Soviética, deve ser usado inicialmente para treinamento e para testes tecnológicos, antecedendo à construção de um grupo de porta-aviões com capacidade operacional.
O Departamento de Inteligência Naval dos EUA estimava que o Varyag só seria lançado como plataforma de treinamento em 2012, e que a China terá um porta-aviões operacional, de construção própria, após 2015.
A China será o terceiro país asiático a ter um porta-aviões, depois da Índia e da Tailândia (sem contar a Rússia, que tem parte do território na Ásia). Pequim precisará adquirir equipamentos, softwares e treinamento para seus pilotos.
"A aquisição de um porta-aviões não equivale à aquisição de uma capacidade, a capacidade de usá-lo efetivamente, o que (...) pode levar décadas", disse Robert Karniol, veterano analista de defesa radicado no Canadá.
O Varyag, uma embarcação de mil pés (300 metros), está sendo reformado num estaleiro estatal em Dalian (nordeste da China), segundo fontes ouvidas pela Reuters.
Os pilotos chineses ainda precisam dominar o processo de pouso e decolagem nos porta-aviões. Vários deles estão sendo treinados, mas ainda contam com menos horas de voo do que seus pares norte-americanos.