Para resolver o problema de baixa resistência do solo no local por onde vão passar as pistas duplicadas do acesso para Lucena até o trevo de Várzea Nova, mais precisamente na Várzea do rio Paraíba, o 1º Grupamento de Engenharia decidiu implementar uma técnica pioneira no Brasil de colocação de blocos de isopor como forma de reduzir a carga do aterro sobre os chamados solos moles. Segundo o engenheiro Sálvio Santos, do 1º Grupamento de Engenharia, o isopor foi escolhido por ser resistente à compressão e bem mais leve que os outros materiais, proporcionando um alívio na pressão exercida em cima desses solos.
Cada pedaço de isopor possui 4,0m de comprimento, por 1,25m de largura e 1,0m de altura, e pesa cerca de 110 Kg. Para a Várzea do rio Paraíba, o aterro escolhido mede 90 metros, e nele serão utilizados cerca de 1.200 blocos, encaixados individualmente. Serão colocadas 5 camadas de blocos cobertos por uma lona e protegidos por uma camada de aterro tradicional. Feito isso, o pavimento poderá ser colocado e a duplicação finalizada.
Os blocos de poliestireno expansível, ou simplesmente isopor, têm diversas aplicações na construção civil. Seu uso data de 1950, e ele pode ser utilizado também em forros, molduras, frisos, permitindo isolamento térmico, amortecimento de vibrações, resistência à umidade e ao tempo, e não polui. Além disso, é de fácil manuseio e transporte, e ajuda a reduzir custos em relação a estruturas de concreto. Esta técnica inovadora no país será levada pelos militares também ao mesmo problema existente no lote 6, na Várzea de Goiana, na BR-101/Pernambuco, permitindo que os trabalhos de duplicação cumpram o prazo estabelecido entre o Exército e o DNIT, que é dezembro de 2010.