AFP
Combatentes iraquianos ligados ao Exército dos Estados Unidos teriam passado, possivelmente em massa, para a rede Al-Qaeda. Os grupos estariam descontentes com o governo xiita de Bagdá, informou neste domingo o jornal americano The New York Times.
Centenas de combatentes, muitos deles com amplo conhecimento de como funcionam as forças americanas, parecem ter-se unido às fileiras da Al-Qaeda, diz o jornal citando fontes do governo iraquiano, da insurgência e membros antigos e atuais das milícias "Sahwa" (Despertar), que em abril de 2009 passaram para o controle de Bagdá.
Segundo o jornal, funcionários temem que milhares de integrantes dessas milícias, que recebem dinheiro das autoridades iraquianas, forneçam ajuda clandestina à insurreição.
A defecção foi acelerada a partir das eleições legislativas de março, que deixou os sunitas inseguros sobre a manutenção de sua influência política no país, num momento em que a formação de um novo governo ainda engatinha. A situação ameaça o equilíbrio social e político do Iraque, num momento em que o exército americano se prepara para deixar completamente o país no final de 2011, afirma o jornal.