BBC Brasil
Harland trabalhava para uma empresa do setor de Defesa Um inquérito está investigando a morte de um piloto de testes, em 2007, após seu assento ejetor "se soltar e cair" de um jato Tornado da Força Aérea britânica enquanto a aeronave fazia uma manobra de cabeça para baixo.
Acredita-se que o acidente teria sido causado por uma trava de metal que deveria manter o assento no lugar, mas que não teria sido colocada corretamente.
O jato de dois tripulantes da Força Aérea havia acabado de passar por uma manutenção e estava sendo testado por Harland e pelo piloto Mark Williams. Quando Williams pilotou a aeronave de cabeça para baixo a mais de 700 km/h, o assento de Harland teria se soltado, acionando um mecanismo que explodiu a cobertura da cabine.
Como o sistema de evacuação de emergência não havia sido ativado, o assento ejetor não foi lançado da maneira correta e a cabeça de Harland teria batido na parte de trás do jato. Pela mesma razão, seu paraquedas não foi acionado e Harland caiu 1,8 mil metros até o chão.
Seu corpo foi encontrado 45 minutos depois do acidente. Segundo o laudo do legista, a morte foi causada por ferimentos múltiplos.
O piloto conseguiu pousar a aeronave e não se machucou seriamente.
Martin Lowe, engenheiro-chefe do Ministério da Defesa britânico, disse durante o inquérito que o jato em questão foi um dos primeiros a ter novos paraquedas instalados e que durante a manutenção "várias mudanças foram feitas nos assentos ejetores", que teriam passado por diversas checagens antes do voo.
Depois de analisar diversos documentos, a promotoria decidiu que não havia provas suficientes para acusar alguém de assassinato culposo devido a negligência grave.