Rússia considera encomenda aos estaleiros Nikolaev
Área Militar
Segundo fontes da imprensa russa, o governo e as autoridades navais do país, poderão estar a discutir com as autoridades do novo governo pró russo de Kiev, a construção de porta-aviões nos estaleiros Nikolaev, onde foi construído o actual porta-aviões russo Admiral Kuznetsov e o cancelado Varyag, que presentemente se encontra na China.
Os estaleiros Nikolaev construíram também os quatro porta-aviões da classe Kiev. Desses quatro navios, três foram vendidos e transformados em parques temáticos e o quarto foi vendido à marinha da Índia. No entanto, o estaleiro russo onde as modificações foram feitas não foi o estaleiro construtor. A falta de experiência resultou em contas mal feitas, atrasos constantes e acusações de incompetência dirigidas aos estaleiros russos pelo próprio presidente russo Dmitri Medvedev numa visita realizada aos estaleiros em 2009.
A possibilidade de os estaleiros Nikolaev voltarem a construir porta-aviões, ainda que com a colaboração dos projectistas russos estará a ser discutida há algum tempo. Por um lado a Rússia aproveitaria alguma da experiência que ainda resta nos estaleiros ucranianos e por outro lado a Ucrânia poderia voltar a aparecer como potencial construtor de navios porta-aviões, tendo como objectivo a possibilidade de venda de navios para países como a Índia ou a China.
O facto de a Ucrânia continuar a deter alguma vantagem tecnológica no campo do fabrico de motores para navios também aparece como um factor de peso nas negociações. Nos últimos anos a indústria de construção naval russa praticamente não produziu navios para o próprio país. Nos últimos 20 anos os únicos navios novos recebidos foram as duas corvetas do tipo Stereguschy.
Os estaleiros Nikolaev construíram também os quatro porta-aviões da classe Kiev. Desses quatro navios, três foram vendidos e transformados em parques temáticos e o quarto foi vendido à marinha da Índia. No entanto, o estaleiro russo onde as modificações foram feitas não foi o estaleiro construtor. A falta de experiência resultou em contas mal feitas, atrasos constantes e acusações de incompetência dirigidas aos estaleiros russos pelo próprio presidente russo Dmitri Medvedev numa visita realizada aos estaleiros em 2009.
A possibilidade de os estaleiros Nikolaev voltarem a construir porta-aviões, ainda que com a colaboração dos projectistas russos estará a ser discutida há algum tempo. Por um lado a Rússia aproveitaria alguma da experiência que ainda resta nos estaleiros ucranianos e por outro lado a Ucrânia poderia voltar a aparecer como potencial construtor de navios porta-aviões, tendo como objectivo a possibilidade de venda de navios para países como a Índia ou a China.
O facto de a Ucrânia continuar a deter alguma vantagem tecnológica no campo do fabrico de motores para navios também aparece como um factor de peso nas negociações. Nos últimos anos a indústria de construção naval russa praticamente não produziu navios para o próprio país. Nos últimos 20 anos os únicos navios novos recebidos foram as duas corvetas do tipo Stereguschy.
Os estaleiros russos no entanto, produziram um derivado das fragatas Krivak-II para a marinha da Índia (classe Talwar, de seis navios) e estão presentemente a desenvolver um sub série de navios idênticos para a marinha russa.
Planos demasiado ambiciosos ?
No entanto, os limitados recursos russos, não permitem que todos os planos dos vários almirantes se possam concretizar. Ainda recentemente um dos almirantes russos afirmou que a marinha deveria tentar recuperar e fazer voltar ao serviço activo os enormes cruzadores Kirov do tempo da guerra fria, para logo de seguida outros responsáveis russos afirmarem que isso tornaria impossível a construção de novos porta-aviões.
Os defensores da criação de uma marinha mais convencional, pretendem que cada uma das frotas russas disponha de pelo menos um navio porta-aviões. A Rússia divide as suas forças por quatro distintas frotas, todas elas separadas por grandes massas terrestres: Frota do Mar do Norte em Murmansk, a frota do Báltico, a frota do mar negro e a frota do Pacífico em Vladivostok.
Os planos russos de construção naval têm-se deparado constantemente com problemas de orçamento e com o facto de a valorização da moeda russa e integração da Rússia no sistema mundial de comércio estar a aumentar os custos de produção. A necessidade de manter um dissuasor nuclear baseado em submarinos também se apresenta como um factor impeditivo de novos investimentos.
Considerando os dados publicados pelo instituto SIPRI de Estocolmo e considerando as proporções dos últimos anos para os gastos navais, a marinha da Rússia, dividida em quatro esquadras completamente separadas, fica com um orçamento disponível para novos navios que é aproximadamente metade do da Grã Bretanha. Este problema só pode ser resolvido com programas excepcionais de construção naval.
A Rússia seria uma aliada estratégica interessante para o Brasil e vice-versa, pois ao contrário de China e Índia, não estamos no "Grande Jogo" pelo controle do heartland asiático.
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