Possíveis encomendas e interesse generalizado garantem sucesso
Área Militar
Nos últimos dias, o projecto de cargueiro militar da brasileira Embraer, tem sido alvo da atenção internacional, com a declaração por parte de vários países da sua intenção de participar no processo de desenvolvimento e de adquirir a aeronave.
Além do Brasil, que já adiantou uma pré encomenda de 28 unidades, dois países da América do Sul demonstraram interesse na aeronave brasileira, a saber, o Chile e a Colombia. Ambos os países possuem aeronaves de transporte do tipo Hercules C-130.
Nesta semana, a República Checa que demonstrou interesse no desenvolvimento do projecto e na aquisição de duas aeronves, juntou-se a Portugal, que também anunciou que iniciará contactos com a empresa brasileira para estudar as possibilidades de cooperação.
Portugal possui seis aeronaves de transporte C-130 (três delas na versão extendida H-30) e a sua substituição futura tem sido discutida pelos militares.
Além do Brasil, que já adiantou uma pré encomenda de 28 unidades, dois países da América do Sul demonstraram interesse na aeronave brasileira, a saber, o Chile e a Colombia. Ambos os países possuem aeronaves de transporte do tipo Hercules C-130.
Nesta semana, a República Checa que demonstrou interesse no desenvolvimento do projecto e na aquisição de duas aeronves, juntou-se a Portugal, que também anunciou que iniciará contactos com a empresa brasileira para estudar as possibilidades de cooperação.
Portugal possui seis aeronaves de transporte C-130 (três delas na versão extendida H-30) e a sua substituição futura tem sido discutida pelos militares.
Há aproximadamente um ano, a França também demonstrou interesse em participar no projecto e em adquirir doze aeronaves, fazendo no entanto depender a compra da decisão brasileira de aquisição de aeronaves de combate no programa de aquisição conhecido como F-X2, o qual ainda se encontra por concluir.
A Argentina, também já demonstrou interesse no projecto de cargueiro brasileiro embora não haja dados mais recentes sobre esse interesse.
É sabido que o interesse demonstrado por vários países também está directamente ligado com a possibilidade de participar no projecto no entanto, são sinais interessantes para o fabricante escolher os parceiros com que prosseguirá o projecto.
Para já o interesse de dois países europeus na aquisição do KC-390 é importante, porque sendo países da NATO, isso implica que a aeronave terá que responder aos quesitos necessários para operar num país daquela aliança militar.
Muitas forças aéreas de países da aliança estão equipadas com aeronaves de transporte C-130. O modelo europeu Airbus A-400 é bastante maior, mas acima de tudo é muito mais caro, podendo atingir um preço que se estima em até o triplo do preço estimado para o cargueiro brasileiro.
A entrada nos mercados europeus, poderia mesmo estabelecer a aeronave brasileiro como cargueiro médio de referência. Ele pode substituir o C-130, e também o Transal franco-alemão, que ainda está em serviço.
Se mais países da NATO optarem por adquirir a aeronave, ou mostrarem interesse na sua utilização, o KC-390 arrisca-se a tornar-se numa aeronave de referência nas forças de transporte dos países ocidentais. Países fora da Europa, que também possuem aeronaves KC-130 ou aeronaves soviéticas em fim de linha também poderão ser mercados potênciais.
Com uma capacidade de transporte estimada entre as 22 e as 23 toneladas, o KC-390 transporta até mais 20% de carga que o Hercules C-130J, a versão mais recente da aeronave da Lockeed. Os seus motores terão uma potência 35% superior à da aeronave norte-americana (18,548 contra aproximadamente 25,000kgf), mas a autonomia do avião brasileiro será inferior à do norte-americano, a acreditar nos valores estimados .
Em seu desfavor a Embraer tem o facto de nunca ter construído uma aeronave do tipo, o que poderá atrasar o normal desenvolvimento do projecto. A aeronave também pode ser vista como um desenvolvimento de «asa alta» do avião comercial Emb-190, o transporte regional de médio curso da empresa e até ao momento a maior aeronave produzida pela Embraer. Neste caso o KC-390 estaria mais próximo do avião em termos de conceito do C-295 da EADS/CASA, que foi uma adaptação de uma aeronave inicialmente desenhada para o mercado civil, e que é mais adequada para operações de transporte militar, mas pouco preparada para pousos em pistas mal preparadas.
Em seu favor porém, a Embraer tem a vantagem de ter um historial que vem dos anos 70, quando começou por fabricar pequenas aeronaves de carga (EMB-120 Bandeirante), que fizeram a imagem da empresa como construtora de aeronaves resistentes e capazes de resistir às difíceis condições de operações da Amazónia. Posteriormente a sua linha de jactos comerciais, ficou mesmo conhecida como «Jungle Jets», ou literalmente jactos da selva.
Concorrência.
Nos países ocidentais o único concorrente claro para o KC-390 é o C-130J, que tem várias vantagens, mas aparece como demasiado caro além de relativamente ultrapassado. Mais recentemente foi anunciado o desenvolvimento conjunto entre Rússia e Índia de uma aeronave com características idênticas, o MTA, que no entanto terá dificuldades em se afirmar nos competitivos e exigentes mercados europeus.