Militares americanos auxiliam Exército do país árabe após ataque que matou 12 e feriu 36
AFP - O Estado de S.Paulo
Menos de uma semana depois de o governo dos EUA anunciar o fim das operações militares do país no Iraque, as tropas americanas foram chamadas para auxiliar o Exército iraquiano no combate contra insurgentes que atacaram ontem uma base em Bagdá, deixando 12 mortos e 36 feridos.
"A equipe americana fez disparos enquanto dava cobertura ao Exército iraquiano", afirmou o tenente-coronel Eric Bloom, porta-voz dos militares dos EUA. "A operação durou apenas alguns minutos e foi finalizada rapidamente." A intervenção militar americana ocorreu conforme o acordo de segurança assinado entre os governos dos EUA e do Iraque. O pacto dá ao Exército americano autorização de fazer uso da força em caso de legítima defesa ou a pedido das forças iraquianas.
O ataque de ontem ilustra a dificuldade dos militares iraquianos para manter a segurança frente a grupos armados que intensificaram as ações nas últimas semanas.
De acordo com o comando de operações em Bagdá, cinco homens-bomba chegaram de microônibus na entrada dos fundos da antiga sede do Ministério da Defesa, no centro de Bagdá, e iniciaram o ataque.
"Um deles desceu do micro-ônibus. As forças de segurança abriram fogo e ele detonou os explosivos que transportava", afirmou um comunicado oficial. "Dois fugiram para um edifício próximo e o micro-ônibus explodiu com os outros dois terroristas dentro." As forças de segurança, segundo o comunicado, cercaram o prédio e um tiroteio teve início. Os dois homens-bomba detonaram então seus cinturões de explosivos. De acordo com fontes médicas, civis ficaram feridos após o desabamento de construções próximas ao local do atentado.
Alvo. O mesmo complexo militar foi cenário, em 17 de agosto, do atentado mais violento do ano no Iraque, com um balanço de 59 mortos, apenas duas semanas antes da conclusão da missão de combate das forças americanas, formalizada no dia 31, e em pleno Ramadã, período sagrado do jejum muçulmano.
As tropas americanas foram reduzidas a menos de 50 mil oficiais no fim de agosto por ordem do presidente Barack Obama, como parte de uma "retirada responsável", sete anos após a invasão que derrubou o ditador Saddam Hussein do poder.
Como "voltam ao combate"? Os EUA nunca deixaram de estar em combate no Iraque. Manter 50 mil homens e chamar isto de desocupação é um insulto a nossa inteligência.
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