Skjold pode ser traduzido como "escudo", ou “protetor”, em norueguês.
Este barco patrulha fabricado pelo estaleiro Umoe mandal AS norueguês pode ser considerado a mais veloz embarcação de combate em serviço no mundo atualmente.
Além de veloz, ela é pesadamente armada e extremamente furtiva devido a seu desenho projetado para reduzir ao maximo a reflexão de radar.
A propulsão da Skjold é do tipo COGAG (combinação gás e gás) composta por duas turbinas Pratt & Whitney ST-18M, derivadas do motor de aviação PW-100. Cada turbina ST-18M produz 2417 hp de potencia. Junto com estas turbinas, outras duas Pratt & Whitney ST-40M que produz 5070 kg hp cada. Para conseguir a velocidade máxima, que chega a 60 nós (110 km/h), além das 4 turbinas, um colchão de ar infla no casco, tipo catamaram, da Skjold com auxilio de dois motores a diesel MTU-12 12V TE92. Esse colchão, somado a característica de ser um casco tipo catamaram, faz com que o calado do Skjold seja de apenas 1 m o que somado ao sistema de jatos de água, no lugar das hélices convencionais, facilita a agilidade de navegação e dá a Skjold uma melhor resposta contra ondas. A Skjold é capaz de executar curvas extremamente fechadas, mesmo em alta velocidade, outro beneficio dado pelo sistema de jatos de água. Outra facilidade dada pelo uso do colchão de ar é a maior imunidade a minas navais, permitindo com que a Skjold possa operar com segurança em zonas minadas e até mesmo caçar minas.
Porém o “calcanhar de Aquiles” da Skjold é sua autonomia, considerada baixa. O alcance da Skjold chega a 1840 km (800 mn).
A Skjold apresenta um desenho limpo. O esforço para manter a furtividade foi levado tão a sério que até detalhes como as bordas das janelas da Skjold foram tratadas com material radar-absorvente.
A suíte eletrônica da Skjold tem no radar francês Thales MRR 3D NG seu principal elemento. Este radar é capaz detectar um alvo aéreo a 180 km de distancia dando todos os parâmetros de posicionamento do alvo. Para controle de fogo é usado um sistema multi-sensor Ceros 200 composto por um radar, um telêmetro a laser e sensores optronicos que permitem traquear alvos aéreos como aeronaves ou mísseis antinavio, que normalmente voam rente ao mar (sea skimming), o que dificulta sua detecção e conseqüentemente a resposta de defesa a esse tipo de arma.
O Skjold possui uma suíte de guerra eletrônica baseada num sistema de busca e reconhecimento EDO composto por antenas de interferência, um radar tático CS-3701 e um sistema de alerta radar RWR que avisa quando um radar inimigo estiver rastreando a Skjold.
Um sistema de iscas MASS (multi ammunition soft kill) fabricado pela Buck Neue Technologien da Alemanha dispara projéteis que emitem sinais que atraem o sensor dos mísseis antinavio inimigos, evitando, assim, um impacto contra a Skajold. O sistema MASS é eficaz contra mísseis guiados a radar, infravermelho IR, laser e sistemas eletrooptico.
O armamento transportado na Skjold é consideravelmente pesado, principalmente por conta dos 8 mísseis antinavio Kongsberg NSM. Esses modernos mísseis são lançados de dois lançadores quádruplos que ficam ocultos até a hora do lançamento na popa do navio e possuem um alcance máximo de 150 km. Sua ogiva é de 125 kg de alto explosivo. Guiado por um sistema GPS para navegação de meio curso e sistema infravermelho IR na fase final do ataque, este moderno míssil antinavio se beneficia, ainda de um desenho furtivo dificultando a tarefa das defesas antimíssil inimigas e impedir sue ataque.
Para defesa antiaérea a Skjold usa os famosos mísseis portáteis MBDA Mistral, guiados por calor e com alcance de 4 km. Estes mísseis são montados em um lançador duplo Simbad e são transportados 8 mísseis, ao todo.
Além dos mísseis, um canhão italiano OTO Melara 76 mm/ 62 super rapid dispara projéteis de 6 kg a um alcance de 16 km à uma taxa de tiro de 120 tiros por minuto.
Fonte: Campo de Batalha Naval