Sargento feminino do Exército foi excluída depois de várias punições
O Liberal
O juiz federal Carlos Henrique Borlido Haddad, da Subseção Judiciária de Marabá, julga na próxima quinta-feira, 05, o pedido de liminar ajuizado pela ex-sargento do Exército Brasileiro, Rubenice de Nazaré Dias Martins, solicitando a reintegração ao cargo. Rubenice foi afastada das funções depois que denunciou perseguição sistemática de que estaria sendo vítima, por parte de militares de alta patente do Hospital Militar de Marabá. Além da reintegração ao cargo a sargento cobra dano moral no valor de R$ 49.678,40 por conta de humilhações e privações sofridas.
A ação cobra ainda a anulação do ato administrativo que licenciou Rubenice de Nazaré Dias Martins. "O ato administrativo, quando eivado de vício, deve ser anulado pelo judiciário, principalmente quando apresentar o desvio de finalidade", afirma o advogado. Rubenice, que também é técnica de enfermagem, fez denúncias gravíssimas revelando que dentro do hospital e em várias unidades militares ocorreram orgias sexuais, entrada de mulheres e bebida e ainda a participação direta de menores, cabos e soldados, e até mesmo parentes de militares. Segundo ela, o principal envolvido é o vice diretor do hospital militar, o tenente-coronel Alberto Dias Almeida, que seria homossexual assumido e estaria aliciando e assediando sexualmente vários militares da corporação. A história já foi divulgada amplamente pela imprensa marabaense, onde teve grande repercussão.
Na denúncia Rubenice relatou que após três anos e 11 meses, foi demitida no dia 27 de fevereiro passado depois de ser "perseguida e humilhada" em retaliação as denúncias que fez quando tomou conhecimento que o soldado Charles Carvalho de Melo, estava sofrendo assédio sexual e assédio moral por ter se recusado em participar de orgias sexuais que aconteciam na casa do tenente-coronel. Como recompensa por cederem aos apelos do militar, os soldados eram agraciados com engajamento e efetivação nas fileiras do Exército brasileiro.