Jornal do Brasil
O navio cargueiro líbio Amalthea, que leva cerca de 2 mil toneladas de remédios e alimentos para a Faixa de Gaza, foi cercado pela Marinha de Israel, segundo o diretor executivo da Fundação Khadafi, Yussef Sawan.
Um porta-voz da força desmentiu a declaração de Sawan ao dizer que não havia "nenhum novo desenvolvimento, que tudo está normal".
Uma rádio pública israelense, que capta as transmissões entre o cargueiro e os navios israelenses, entretanto, noticiou que Israel manteve contato durante várias horas e questionava as movimentações a bordo do cargueiro, que leva 12 tripulantes e 15 ativistas pró-Palestina. O navio deixou a Grécia no último sábado para o território palestino.
Durante o dia, surgiram diversas versões sobre o rumo do cargueiro de ajuda, fretado por Seif Al-Islam, filho do líder da Líbia, Muammar Kadhafi. Os jornais The New York Times e Haaretz noticiavam que o capitão do Amalthea, cuja identidade não foi identificada, confirmou a autoridades israelenses que seguiria para o porto egípcio Al-Arich, desistindo de furar o bloqueio a Gaza.
– O cargueiro mantém o curso para Gaza. O funcionário egípcio só exprimiu seu desejo – disse Sawan.
Persuasão diplomática
Nos bastidores, Israel pede que as Nações Unidas (ONU), os governos da Moldávia e da Grécia interceptem o navio, já que seus motivos são "questionáveis e provocativos".
O governo israelense lembra que, após um movimento do Quarteto (ONU, EUA, União Europeia e Rússia), Gaza recebe mais ajuda desde junho.