Paula Laboissière
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Os hospitais de campanha do Exército e da Aeronáutica instalados em Pernambuco e Alagoas após as fortes chuvas de junho já atenderam mais de 16 mil vítimas das enchentes em 22 dias de trabalho. Cinco grupos de médicos e outros profissionais de saúde atuam na região.
De acordo com o Ministério da Defesa, a maior parte dos problemas médicos ainda é consequência de condições sanitárias ruins. Na cidade de Barreiros, por exemplo, o fornecimento de energia elétrica não foi retomado. Segundo a pasta, ainda há muita lama e lixo pelas ruas e o abastecimento de água potável não foi completamente restabelecido por conta da destruição de tubulações.
A maioria dos atendimentos nos hospitais de campanha trata de gastroenterites – sobretudo vômitos, náuseas e diarreias – e doenças respiratórias. Há ainda casos de dengue, por conta do acúmulo de água parada. Cerca de 60% dos pacientes que procuram os militares voluntários são crianças.
As autoridades estaduais registram, até o momento, a existência de 44.426 desabrigados (26.618 em Alagoas e 17.808 em Pernambuco), além de 57 mortos (37 em Alagoas e 20 em Pernambuco) e 69 desaparecidos (todos em Alagoas).
No total, 95 municípios foram atingidos, dos quais 28 são alagoanos e 67, pernambucanos.
Embora tenha o menor número de cidades afetadas, Alagoas permanece com o maior número de municípios em calamidade pública (15, contra 12 em Pernambuco). Mais quatro cidades do estado continuam em situação de emergência. Em Pernambuco, 27 municípios pernambucanos estão nessa condição.