Daniella Jinkings
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O Brasil vai implementar o Sistema Nacional de Mobilização (Sinamob) que teve o seu regimento interno aprovado hoje (29) pelo ministro da Defesa, Nelson Jobim. O sistema visa a enfrentar situações catastróficas, de crise internacional e de ameaças à soberania do país, para isso vai desenvolver planos estratégicos e utilizar os recursos humanos do Estado, como as Forças Armadas e defesas civis e até a população, em caso de necessidade.
Além do regimento, a lei de Mobilização Nacional já foi aprovada e regulamentada. Entretanto, para entrar em funcionamento, é necessária a aprovação da Casa Civil, depois disso, o sistema será implementado aos poucos.
De acordo com o secretário de Ensino, Logística, Mobilização, Ciência e Tecnologia do Ministério da Defesa, almirante Gilberto Hirschfeld, “[essa mobilização] sempre foi feita, mas era de modo desordenado. Agora, vamos tentar impor uma coordenação e aprender juntos”, disse.
A estrutura do Sinamob reúne dez ministérios, a Casa Civil e a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República. Segundo Hirschfeld, cada órgão tem uma responsabilidade específica. “Há um que trata de mobilização militar, outros que tratam de mobilização de política interna, política externa, ações sociais, tecnologia”.
Em uma situação de guerra ou catástrofe natural, a mobilização de meios adicionais será acionada quando o uso da logística não atender mais à necessidade do país. “A população será orientada por meio de divulgação. Vamos chamar as diversas instituições, cada um no seu subgrupo, para saber de que forma é que eles podem auxiliar”.
Um exemplo, segundo ele, é o transporte de pessoas em regiões atingidas por enchentes, como foi o caso dos estados de Alagoas e Pernambuco recentemente. “Se nós tivermos uma ferrovia que transporta minérios, vamos parar o transporte de minérios e transportar pessoas para tirá-las do local”.
Brasil prepara Sistema Nacional de Mobilização para situações de emergência
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