Construção de fábrica em Mauá, caso o Gripen vença o F-X2, foi novamente comentada
Diário do Grande ABC
São Bernardo recebe, entre ontem e hoje, a visita de uma delegação sueca da cidade de Linköping, sede da Saab, empresa que produz os aviões-caça Gripen – que disputam com a norte-americana Boeing (F-18 Super Hornet) e a francesa Dassault (Rafale) contrato com a Força Aérea Brasileira.
Caso o governo escolha a Saab para a produção de 36 caças, serão investidos US$ 140 milhões em parceria com o Grupo Inbrafiltro, de Mauá, para a construção de uma fábrica de peças em São Bernardo.
A prefeita de Linköping, Ann-Catherine Hjerdt, disse estar impressionada com os projetos desenvolvidos pelas empresas instaladas na Iesbec (Incubadora de Empresas de São Bernardo) e pelo espaço destinado a elas. Ela acredita ser possível que, se a Saab vencer a licitação, exista a possibilidade de as empresas incubadas participarem no processo de fabricação das peças para os aviões-caça.
Segundo Paul Lindvall, presidente da comissão executiva de Linköping, essa parceria acontece na Suécia. “Há 25 anos temos um parque tecnológico que oferece suporte à incubadora, ambos instalados no terreno de uma universidade”, contou.
Lindvall disse também que o forte deles é o desenvolvimento de alta tecnologia, e que as incubadoras estão envolvidas no processo. A cidade constrói aviões há 75 anos.
Para o secretário de Relações Internacionais de São Bernardo, Marcello Alexandre, que acompanhou a delegação sueca em visita à Iesbec, a incubadora possui potencial para participar do desenvolvimento tecnológico dos caças fabricados no País. O diretor de empreendedorismo, trabalho e renda da Prefeitura de São Bernardo, Nilson Tadashi Oda, concorda. Segundo ele, a Leona, uma das incubadas, fabrica ligas metálicas que, quando trituradas, têm seu pó utilizado na produções de pistão e válvula de automóveis. “Esse pó poderia se empregado na fabricação de peças para os caças”, sugeriu. Outra empresa citada foi a Zaps, que produz circuitos eletroeletrônicos.
FAVORITISMO
Questionado sobre por que São Bernardo poderia ser escolhida para receber unidade de produção de partes dos Gripen, Tadashi afirmou que a Scania do Brasil – montadora de caminhões e ônibus integrante do Grupo Saab, o mesmo dos aviões caça – é a maior e a mais importante planta da fabricante em todo o mundo e está no município.
“Aqui, 70% da produção é exportada. E mesmo com a crise, que para a Scania durou apenas alguns meses, a produção já foi totalmente recuperada”, justifica. De acordo com o diretor, 2008 encerrou com mais de 10 mil unidades, 2009 com cerca de 1.000 e, neste ano, a expectativa é de 14 mil. “O grupo já tem uma relação estabelecida com a cidade. O Grande ABC é um local em que os suecos se sentem confiantes.”
De acordo com Alexandre, hoje são produzidos em São Bernardo 42% de todos os caminhões brasileiros.
A prefeita de Linköping também esteve na Scania. “A ideia da visita foi para ver como funciona uma empresa sueca no Brasil, pois, embora a Saab trabalhe com as duas frentes, veículos e aviões, eu acompanho a dos aviões, que fica na minha cidade. Mas eu gostei muito do local. É uma empresa muito limpa. Dá até para andar de salto alto pela fábrica”, descontraiu.
ACORDO
Hoje será assinado termo de cooperação bilateral na área educacional para que haja intercâmbio entre as universidades de São Bernardo e as de Linköping. O termo deve abranger, ainda, as áreas da saúde e desenvolvimento econômico, incluindo os segmentos aeronáutico e espacial.
“Se por um lado eles contribuem com a expertise, por outro podemos oferecer infraestrutura e mão de obra”, assinalou o secretário.
Tadashi complementa que, se eles têm a alta tecnologia, no Brasil temos o motor bicombustível, os biocombustíveis e a exploração do petróleo na camada do pré-sal para oferecer em troca.
ja que o Brasil ta revitalizando os F5 bem que o Brasil poderia pedir para os americanos a transferência da tecnologia dos f5 irrestrita-mente, incluindo os códigos-fonte do avião. caso os caças da boing vençam a licitação, caso seja o rafale a frança poderia passar os codigos dos mirrage 2000
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