"Estou confiante. As coisas estão andando", disse Sarkozy quando perguntado do contrato após encontro com o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, durante encontro da Cúpula de Segurança Nuclear em Washington.
Brasília já havia declarado sua preferência pela compra de 36 caças Rafale semi-furtivos, mas um acordo final ainda não foi anunciado. Espera-se que Lula anuncie sua escolha em meados de maio, após ter adiado a decisão esperada para abril. Ainda segundo Sarkozy: "Se é uma decisão tomada pelo presidente e pelo governo, trata-se inevitavelmente de uma decisão política. Mas não é apenas político o critério. O Rafale é um excelente avião… O presidente Lula e eu temos um grande vínculo. Eu sei o que ele está pensando. Não há surpresas em relação a esse assunto."
O Rafale, fabricado pela Dassault, é visto como o favorito em uma disputa da qual também concorrem o sueco Gripen NG, da Saab, e o F/A-18 Super Hornet, fabricado pela gigante estadunidense Boeing.
O acordo está estimado entre quatro e sete bilhões de dólares, dependendo de detalhes como armamentos, manutenção e envolvimento industrial. A longo prazo, o Brasil poderá comprar outros 100 caças do fornecedor escolhido. O país colocou a transferência de tecnologia como maior prioridade na proposta, para que possa produzir os caças localmente e alavancar sua indústria de aviação. Lula já disse que o acordo relativo ao Rafale seria mais vantajoso ao Brasil nesse sentido.
FONTE: AFP, via The Tocqueville Connection