O objetivo, de acordo com o ministro, é manter em sigilo a avaliação dos aviões – o sueco Gripen, o francês Rafale e o norteamericano F-18 Super Hornet - para evitar a pressão de lobistas..
Apesar de não detalhar o conteúdo do texto que será encaminhado ao presidente Lula, Nelson Jobim afirmou que a proposta de transferência integral de tecnologia feita pelo governo francês caso a opção de compra seja o Rafale, "é a mais consistente em relação à estratégia de defesa nacional".
O ministro disse ainda que a decisão será submetida ao Conselho de Defesa Nacional antes do início do processo de compra. De acordo com Jobeim, a posição do Ministério da Defesa sobre as aeronaves deverá nortear a escolha do presidente da República, mas a decisão será política. "As condições de transferência de tecnologia, e não os preços, devem ser decisivos na escolha dos caças que serão comprados pelo Brasil", adiantou.
Jobim afirmou que não se trata simplesmente da compra de aviões, mas da negociação de um pacote tecnológico. "O que vale mais para o Brasil: pagar mais e ter autonomia ou pagar menos e ficar na dependência tecnológica?", questionou.
(RL e CP)