Contudo, ele não especificou se o primeiro ministro ou o ministro da defesa estariam entre as autoridades com as quais o bloco pretende acertar as contas caso o acordo de bilhões de dólares, envolvendo entre 14 e 28 caças Rafale, seja assinado.
Outro parlamentar do bloco, Jamaan al-Harbash, que tem se pronunciado contra o acordo por vários meses, disse haver documentos do ministro da defesa recomendando que a compra seja suspensa: "Os relatórios concluem que o avião não é tecnicamente avançado, e seu preço é muito caro, assim como de suas peças de reposição. Se o acordo for adiante, será um desperdício maciço de recursos públicos."
Ambos os parlamentares ressaltaram que sua oposição ao negócio nada tem a ver com qualquer animosidade em relação à França. Outro parlamentar, Mussallam al-Barrak, falando em nome de outro bloco de oposição, declarou mais tarde total apoio a qualquer questionamento político em relação ao acordo do Rafale.
O chefe de estado-maior das Forças Armadas Francesas, almirante Edouard Guillaud, defendeu o Rafale como um dos melhores aviões de combate do mundo, afirmando que as negociações sobre o acordo estão prosseguindo com transparência completa. Segundo a agência oficial de notícias, KUNA, o almirante disse que "a França propôs ao Kuwait a substituição de seus velhos Mirage pelo avançado Rafale, e o governo Kuwaitiano solicitou que se estudasse a oferta." Guillaud disse também que o Kuwait mandou especialistas à França para avaliação cuidadosa dos jatos, acrescentando que Paris também fará uma proposta para vendê-los aos Emirados Árabes Unidos.
O bloco "Ação Popular" vem se opondo a diversos programas de aquisição de armamento, nos quais se inclui o do Rafale. No mês passado, o Ministro da Defesa, Sheikh Jaber Mubarak al-Sabah, disse que a aquisição do Rafale continuava sendo uma prioridade para o Kuwait. Em outubro do ano passado, o Kuwait e a França assinaram um novo acordo de defesa, e discutiram detalhes sobre a compra do Rafale.
FONTE: AFP, via The Tocqueville Connection