Marcelo Rech - InfoRel
Os Estados Unidos que concorrem na licitação da Força Aérea Brasileira (FAB), para a venda do caça bombardeiro F-18, é um dos países que mais armamento vende para a região.
Além do F-18, também o F-16, ambos sofisticadíssimos, são comercializados com os latinoamericanos.
Holanda, França, Itália, Espanha e Rússia, também possuem contratos milionários com os governos da região.
O Brasil comprou helicópteros de guerra da Rússia que planeja instalar uma fábrica de material bélico no país para aumentar as vendas na vizinhança.
Da França, comprou submarinos convencionais e nuclear, helicópteros e talvez compre 36 caças Rafale.
Apesar da força que aparenta ter – são 800 empregados, US$ 180 milhões de orçamento e escritórios em 34 países das Américas – a OEA está longe de influir nessa questão.
Cabe ressaltar que o artigo 2 da Carta fundacional da organização, obriga todos os países a limitar seus gastos em defesa para aplicá-los em programas de desenvolvimento econômico e social.
Conselho Sul-Americano de Defesa
Por outro lado, o recém criado Conselho Sul-Americano de Defesa, se reúne nos dias 6 e 7, em Quito, para discutir os procedimentos que serão adotados quanto às medidas de Fomento de Confiança e Segurança.
Na semana passada, representantes dos países que integram a Unasul se reuniram na capital equatoriana para desenhar o documento que será aprovado pelos ministros.
O principal objetivo é descaracterizar a existência de uma corrida armamentista na região.
Para tanto, será criado um banco de dados sobre a aquisição de armas convencionais e equipamentos militares.
Exercícios conjuntos dentro da Unasul ou fora dela, serão realizados de acordo com as normas aprovadas pelo Conselho Sul-Americano de Defesa.
O tripé considerado fundamental para evitar tensões na região, prevê a proscrição do uso da força, a criação de uma zona livre de áreas nucleares, e a garantia de soberania e de não intervenção.
A Unasul aguarda ainda uma resposta dos Estados Unidos sobre um eventual diálogo sobre segurança e defesa.